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Nego Nelson apresenta 'Tiquinho do Céu', seu novo álbum de inéditas

Com nove faixas instrumentais, novo disco remonta homenagens a ídolos e acontecimentos da vida do artista

Redação Integrada
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Com mais de meio século de atividade na música instrumental, Nego Nelson segue marcado como um dos mais relevantes violonistas e compositores da Amazônia. Nesta terça-feira (30), ele estende ainda mais sua obra com o lançamento de um novo álbum, que chega às plataformas digitais de música. Sob o título “Tiquinho do Céu”, o álbum ganha primeiro a internet, mas terá ainda uma tiragem em CD em breve.

Nas composições do novo trabalho a obra musical de Nego Nelson transcende mais uma vez as fronteiras do regionalismo, traçando uma trajetória inovadora e sofisticada dentro da tradição da música popular brasileira. O disco traz choros, sambas, bossas, valsas, funks e canções que revelam o universo da musicalidade multifacetada de Nego Nelson, que permanece em atividade.

“Tiquinho do Céu” é o nome de uma das faixas do disco, que carrega como história uma homenagem para outro grande nome da música instrumental do Brasil.

“O álbum leva o nome de uma música que fiz aproveitando uma composição do Waldyr Azevedo, que se chama ‘Pedacinho do Céu’. Ele é o compositor de ‘Brasileirinho’, e fiz essa canção em homenagem a ele. A gente não tinha um nome para colocar, e como essa música estava no disco também, acabou sendo”, conta Nego Nelson.

Na carreira de Nego Nelson, ídolos não faltam, mas não ficaram apenas nas homenagens. Ele coleciona vezes em que tocou com grandes nomes como Leny Andrade, João Donato, Leila Pinheiro, Fafá de Belém, Billy Blanco, Arismar do Espírito Santo, Maestro Laércio de Freitas e Guinga.

No álbum de nove faixas, há ainda espaço para canções compostas em outros tempos, mas nunca antes gravadas por ele, como “Quarto nº 5”, que se relaciona com a vez em que Nego Nelson foi vítima de um acidente de carro.

“Tem uma música com mais de 40 anos, que fiz em 1975, quando quebrei a perna. Fiquei hospitalizado nesse quarto porque fui vítima de um acidente de carro. Era um motorista que não sabia beber nem dirigir, sabe como é, o cara aprende a dirigir e a primeira coisa que faz é beber e dirigir… então eu fiz essa música”, relembra o músico.

Mesmo com o lançamento agora, Nego Nelson, que carrega 52 anos de carreira na música, não se colocou em risco durante a pandemia para as gravações. “Tiquinho do Céu” começou a ser gravado antes da pandemia, como explica o artista. 

“Gravamos em 2019, então veio a pandemia e não mixamos. Só viemos mixar agora porque também chegou uma verba para concluir o álbum, mas a gente começou bem antes”, explica.

Gravado quase integralmente em Belém, no Midas Amazon Studio, o novo projeto tem arranjos e direção musical do próprio Nego Nelson. Participam das faixas os músicos paraenses Dadadá Castro, Adelbert Carneiro e Jacinto Kahwage.

Nego Nelson também chegou a viajar para gravar duas faixas do disco. Foram duas canções gravadas em São Paulo, com a participação do guitarrista Gileno Folquinos. Além disso, Nego divide uma das faixas com o jovem compositor e instrumentista carioca Jean Charnaux, considerado uma das maiores revelações brasileiras do violão na atualidade.

Com o disco nas plataformas digitais, os planos para o futuro ainda ficam restritos aos protocolos de segurança da pandemia, mas performance não deve faltar. “Estamos querendo fazer uma live do álbum, e quando isso tudo passar vamos fazer shows. Mas agora vamos continuar em casa”, diz Nego.

A pandemia, inclusive, manteve o artista longe dos palcos, mas ele defende como um período em que foi bom ter que se conectar consigo mesmo. “A pandemia não me atrapalhou muito não, porque eu fiz algumas lives. Acho que acabou me ajudando, porque a gente fica mais parado em casa. Eu já sou aposentado, trabalhei por 20 anos no Carlos Gomes”, conta ele.

“Tiquinho do Céu” carrega nove faixas instrumentais, e está disponível em todas as plataformas digitais de música.

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