CTRL+N lança novo single 'Tomara que Caia' e remix de 'Eu Prefiro' com clipes

O duo paraense CTRL+N, formado por Nigel Anderson e Haroldo França, acaba de lançar o novo single autoral “Tomara que Caia” e o remix do primeiro sucesso, “Eu Prefiro”, de 2017, ambos acompanhados de videoclipe. As faixas estão disponíveis nas plataformas de streaming e os clipes, no canal oficial da dupla no Youtube.

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Com uma trajetória marcada pelo artivismo voltado às temáticas do universo LGBTQI+, a inédita “Tomara que Caia” fala da rotina da quarentena causada pela pandemia do novo coronavírus. Os dois dividem um apartamento em São Paulo, onde residem há sete anos.

“’Tomara que Caia’ faz o trocadilho com a peça de roupa e traz a mensagem subliminar sobre o sentimento causado pelo isolamento e as indignações que atravessam a gente em relação ás questões políticas e sociais que a gente tem passado”, descreve Nigel.

A música fala do tédio, da nova rotina instalada pelo isolamento social, da saudade da praia, da tristeza de não poder sair e de desejar que o governo caia, mas com uma abordagem leve e cômica.

Ouça aqui "Tomara que Caia" e o remix "Eu Prefiro"

Haroldo França e Nigel Anderson dividem o apartamento com outros dois artistas paraenses Franco Salluzio e Luan Ferreira, que auxiliaram na concepção e na filmagem do clipe. O clipe de “Tomara que Caia” é a segunda obra que a dupla lança durante a quarentena. O clipe de “Unhas Coloridas”, que integra o último EP da dupla, “Vrá”, lançado no último mês de abril, também foi todo realizado em casa.

Já o remix de “Eu Prefiro” foi lançado em sequência, no último dia 28, quando se comemora o Dia do Orgulho LGBT. “A gente tem um carinho especial por essa música. Fizemos para a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, em 2017. Ela viralizou. Surgiram os convites para apresentações e entrevistas. Participamos do ‘Conversa com Bial’, da Globo, junto com Liniker e Jaloo”, recorda Nigel.

A letra fala “Eu prefiro a Byoncé do que você”, o duo CTRL+N questiona “a estrutura ultrapassada do pensamento heteronormativo, opressor do LGBT”, destaca Haroldo. “A gente vai colocando o lugar do feminino e a opção de ser o que é contra o discurso do macho homofóbico que quer impor a sua heteroafetividade”, completa.

Nascido em Tucuruí, mas criado em Belém, Nigel mudou-se para São Paulo há sete anos para fazer mestrado em Artes. “Eu vim para estudar e para dançar. Sou bailarino. A minha trajetória maior é com a dança, apesar de que a música sempre me atravessou”, conta. Já Haroldo, que é belenense, foi um ano antes para a capital paulista transferido do banco em que trabalha, mas, naquela metrópole, enveredou pelo teatro como dramaturgo e ator.

“De uns 3 a 4 anos pra cá, começamos a flertar com a música para criar trilha para espetáculos e músicas para algumas cenas”, conta Nigel. O gosto pela música uniu ainda mais esses amigos, que já lançaram dois EPs - “Grita”, de 2019, e o recente “Vrá” – e cinco clipes.

"Somos muito privilegiados por morarmos entre artistas, a gente se dá apoio emocional, nos fazermos rir e  estimulamos a criar" afirma Haroldo. “Aproveitamos o embalo criativo da quarentena para celebrar com um single novo, clipes novos e um remix para presentear a nossa comunidade", diz Nigel.