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Dj Zek Picoteiro é atração de domingo do Festival Bambata Brothers

Este é o segundo domingo de programação que apresenta música preta paraense no canal 'Rap Falando'

O Liberal
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A missão do Festival Bambata Brothers é romper as fronteiras do estado e mostrar para o Brasil a qualidade do som negro produzido por aqui. Mas também proporcionar uma troca de experiências com o que é produzido em outros estados. A programação foi dividida em três domingos e se encerra no dia 25, transmitida pelo canal Rap Falando na plataforma Twitch.

Quem curte ou ainda não conhece a música preta que domina a cena paraense e do Brasil está convidado para acompanhar as atrações do dia (18): a cantora Iris da Selva, o rapper Sumano juntamente com o MC Negro Edi e o DJ Zek Picoteiro.

O evento é um projeto contemplado na Lei Aldir Blanc Pará, com produção executiva da Psica Produções e idealizado pelos DJs Gerson Junior e Jeft Dias, que criaram em 2014 a Bambata Brothers, misturando soul, funk e rap.

Para o Dj Zek, o convite para participar do Festival foi recebido com um certo frio na barriga. “Os Bambatas são praticamente meus irmãos, quase integrei o grupo em 2019 de tão próximos que somos. Recebi com muita honra porque vi que esse festival traz uma curadoria muito diversa dentro do recorte da música preta paraense. Poder representar a cultura de aparelhagem será de uma responsabilidade impactante pra mim”, explica.

Por isso, a ideia do DJ é apresentar um set de impacto. “Será uma performance frenética com o que tem de mais atual no universo do Tecnobrega e o que tem rolado nas festas de aparelhagem: Tecnohave, Tecnofunk, remixes inéditos de memes do Tik Tok, clássicos do Melody e uma sequência de Brega Saudade para homenagear as vidas que perdemos durante a pandemia”, destaca.

Zek explica que a principal fonte de pesquisa de suas produções musicais continua sendo a Cultura de Aparelhagem. “Para mim, é um jeito único que o paraense encontrou para produzir, distribuir e ouvir música. Um mercado que segue as próprias regras e dribla as dificuldades, possibilitando o surgimento de uma cultura própria, com músicas que só existem aqui”, ressalta.

Ele destaca ainda que “o Brega e o Tecnobrega são sonoridades oriundas das nossas margens, feitas e consumidas por caboclos nos nossos rios ou nas nossas periferias onde a maioria da população é preta”, completa.

O artista avalia que festivais como esse tem como diferencial chamar a atenção das pessoas para a identidade musical preta na Amazônia. “Ser uma pessoa reta no Pará é muito diferente do resto do país. O rap e o samba feitos aqui são diferentes de qualquer outro lugar e a Cultura de Aparelhagem é um dos nossos traços culturais mais ligados à cultura de soundsystems, semelhante ao redor do mundo, como o Reggae na Jamaica e os Picós na Colômbia, ambas culturas de pessoas pretas. Esse é o legado que os Bambata Brothers vão deixar daqui para frente”, acredita.

O último dia da programação do Festival Bambata Brothers, no dia 25 de julho, terá como atrações: KL Jay, DJ do Racionais MC’s; Nic Dias que recebe o carioca SD9, representando a nova sonoridade do rap paraense e brasileiro e a noite se encerra com o grupo de afoxé Afro Axé Dudu.

Agende-se:

Festival Bambata Brothers
Datas: dias 18 e 25 de julho, a partir de 19h
Transmissão – https://www.twitch.tv/rapfalando
Acesso gratuito

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