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Detonautas lança contundente protesto político no 'Álbum Laranja'; Ouça

Tico Santa Cruz fala sem medo do posicionamento político do grupo

Vito Gemaque
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A pandemia do novo coronavírus e a conjuntura política brasileira fez o país mudar de planos no último ano. Planejamentos foram alterados, histórias foram mudadas e as carreiras dos artistas também se transformaram. O Detonautas Roque Clube resolveu mudar o lançamento de um novo álbum devido ao momento profícuo do compositor Tico Santa Cruz, que começou a compor várias canções engajadas para extravasar sobre a realidade brasileira. O grupo lança hoje o “Álbum Laranja” com uma clara referência a um dos escândalos do período Jair Bolsonaro, que utilizou candidatos laranjas na eleição de 2018.

O novo álbum conta oito singles, lançados anteriormente, e três músicas inéditas (‘Clareiras’, ‘Bandeira do Brasil’ e ‘Carta ao futuro’ versão acústica). Esse é o sétimo disco de estúdio da banda, que conta com participações de Gabriel, o Pensador e Gigante no Mic. “A gente sempre se apresentou para esse debate público, sempre trouxemos essa vertente desde 2002. Como o país estava apresentando em um outro momento, as pessoas não estavam tão interessadas em ouvir essa mensagem. E agora, o que vínhamos falando desde muito tempo atrás teve eco”, destaca Tico.

Escute o 'Álbum Laranja'

O novo álbum vem com as músicas “Micheque”, “Kit Gay”, “Roqueiro Reaça”, “Mala Cheia”, “Político de estimação”, “Bandeira Brasileira”, “Carta ao Futuro”, “Racismo é Burrice”, “Clareiras”, “Fica Bem” e “Carta ao Futuro (acústico)”. O aprofundamento político da banda gerou respostas em sua maioria positivas do público, mas houveram críticas e ataques pelas redes sociais.

“Está todo mundo à flor da pele, qualquer assunto, qualquer posicionamento toma proporções muito grandes. A rede social torna tudo muito grande, pauta o debate público. A gente teve uma reação positiva de boa parte das pessoas que seguem a banda, e teve uma parcela do público que se revoltou e foi nos atacar. Faz parte dessa dinâmica das redes sociais, a gente não se pauta pelos ataques, mas pelo conteúdo do que consideramos ser honesto e verdadeiro. Em 2035, quando forem se questionar como era viver neste ano se elas quiserem poderão ouvir essas músicas, do “Álbum Laranja”, que conta a história do Brasil de cabo a rabo”, atesta Tico.

Tico e os Detonautas já se organizam para lançar futuramente outro álbum com músicas mais introspectivas. O disco que está pronto foi guardado para dar lugar ao “Álbum Laranja”. Cada vez mais engajado politicamente, Tico entende que a cultura e a arte têm um papel transformador na mente do público. Ele espera que essa militância cultural ajude o povo a escolher melhor os seus representantes no Congresso Nacional.

“A gente tem que ser esperança na gente, o Brasil não é feito de extraterrestres. A gente que elege essa população que está lá no poder. Eu tenho falado bastante de uma forma sistemática, se a gente não conseguir equidade no Congresso Nacional com mais indígenas, mais mulheres, mais pretos e pretas, mais representantes da comunidade LGBTQIA+, pode botar Jesus Cristo na presidência que não vai resolver o problema”, assegura. 

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