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Cantores unidos em show solidário pela recuperação de Rafael Lima

Nilson Chaves, Lucinnha Bastos, Simone Almeida, Salomão Habib, Shaya Mana Josy são alguns dos nomes que se apresentam hoje

Enize Vidigal
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Alguns dos maiores representantes da música popular no Pará, Nilson Chaves, Lucinnha Bastos, Simone Almeida e Allan Carvalho, estarão no show em solidariedade ao cantor e compositor Rafael Lima, nesta terça-feira, 22, no Teatro Estação Gasômetro, a partir das 20 horas.

Rafael está doente de câncer no intestino. A renda arrecadada com a venda de ingressos está sendo revertida para o tratamento de saúde dele. Também participarão do espetáculo, Salomão Habib, MG Calibre (baixo) e Marcos Puff (sax), Kim Freitas (baixo), Mini Paulo & Equilibrium e a slam Shayra Mana Josy. O próprio Rafael também vai se apresentar ao lado da filha, Ju Abe, e também os alunos da oficina de violão dele, Paderodere do Guamá.

"Será uma apresentação rápida com as principais (músicas) da carreira. O que eu sentir na hora, eu toco. O que mais importa é a presença de todos nós (no show)", disse Nilson Chaves. "É uma ação solidária para que a gente possa contribuir. Já venho acompanhando o Rafael há algum tempo, em outras situações da vida dele (em 2016, ele sofreu uma grave doença no pulmão). A gente está junto. Acho importante parabenizar todos os artistas que lá estarão para contribuir com ele", disse o cantor e compositor, que é amigo de longa data de Rafael.

"É primordial a gente estar junto nessa hora. Mais importante do que estar cantando, é poder exercer meu papel de cidadã, de amiga, de cristã para ajudar o próximo. Sou amiga pessoal dele há muitos anos. Vou cantar uma música religiosa que eu amo. Vai ser uma surpresa", declarou Simone Almeida. Ela, que também esteve ao lado de Rafael anteriormente, disse que estará no palco agradecendo pelo "milagre" que foi a recuperação anterior do músico, assim como pela saúde que ele virá a ter novamente.

"Vou tocar uma música nova, 'Choro-Sonata', que faz parte do meu repertório novo", antecipou Salomão Habib, que compôs uma música unindo os dois estilos musicais. "Ela (música) também faz menção a essa atmosfera amazônica que a obra do Rafael tem. Vai ser com muita alegria que vou participar desse evento, gosto muito dele, o acho um dos maiores compositores amazônicos", descreveu. "É papel do artista trabalhar com os sentimentos de gratidão e de solidariedade e difundir o valor da união. Vamos estar lá mandando energias positivas para ele e pra todo mundo que precisa", completou.

Ju Abe disse que o apoio da classe artística é fundamental. "É costume entre os artistas se unir em momentos difíceis, como o da doença. Porque a vida do artista em Belém é muito difícil, a maioria depende do sistema público de saúde. Já vi meu pai colaborando com outros artistas doentes. Quando o artista não está bem fisicamente, sem salário e sem garantia trabalhista, eles se juntam. Esse apoio mútuo, união e consciência de classe são maravilhosos", comemora.

Ela vai cantar junto com o pai a canção "Cantilena", uma composição dele em homenagem a Cabanagem. Ela vai cantar sozinha uma música autoral do disco solo dela, lançado no ano passado. Enquanto Rafael deve cantar mais uma canção acompanhado por MG Calibre e Mini Paulo.

Músico paraense teve projeto internacional

Com quase 50 anos de carreira, paraense Rafael Lima cantou a realidade brasileira e amazônida no Canadá e na Suíça, onde residiu por volta dos anos 90, em letras críticas e expressões caboclas de autoria própria. Ele iniciou a trajetória no final dos anos 70, com a banda paraense Sol do Meio-Dia. Ele lançou os primeiros discos na Europa: "Arribadas" (1991) e "Apuí" (1996), com letras influenciadas pelo vocabulário de Dalcídio Jurandir e ritmos regionais.

Nessa fase, ele se apresentou com uma banda paraense no Festival de Montreux Jazz, em 1994, onde se destacou pela postura política. Já os álbuns seguintes, "500 Years, so What?" (2000) - que no Brasil, ficou conhecido como 500 Danos, numa crítica às comemorações pelos 500 anos de descobrimento do país - e "Nômade" (2015), foram marcados pela linguagem cabocla e conteúdo crítico e político acirrado.

Ele também lançou a coletânea "Bierhübelli - Rafael Lima & Band" (2000). De volta ao Brasil, Rafael Lima se apresentou em São Paulo no projeto Terruá Pará, do governo do estado, e, em Belém, produziu e dirigiu o Festival Internacional de Jazz (Jacofest) nos anos de 2012, 2014 e 2017, além de ter iniciado a gravação do sexto disco, "Sinal Aberto", com canções inéditas, ainda não lançado.

Rafael Lima depende do serviço público de saúde para fazer o tratamento. A meta inicial da campanha é arrecadar R$ 10 mil para a aquisição de medicamentos da quimioterapia. Os ingressos do show estão sendo vendidos a R$ 25 com vendas antecipadas pelos telefones (11) 98698-4443 e (91) 98235-4443 ou na hora do espetáculo, na bilheteria do teatro. Já as contribuições em dinheiro estão sendo recebidas pelo Banco do Brasil, Agência 3702-8, conta corrente 1817-1, em nome de Rafael Tadeu dos Santos Lima (CPF 043.949.762-00). Mais informações pelo telefone (91) 98309-3649.

Agende-se:

Show em solidariedade a Rafael Lima
Data: terça-feira, 22, às 20h
Local: Teatro Estação Gasômetro
Ingresso à R$ 25 à venda na bilheteria do teatro

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