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Cantor Magno, do hit 'Amor Amor', completa 40 anos de carreira

Para marcar a data, ele lança novo disco 'Esperando Você' e já pensa em turnê

O Liberal
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Quem viveu a efervescência musical paraense na década 1980, como certeza deve lembrar do sucesso do hit “Amor, amor, amor me abrace mais forte amor amor”. Mesmo 35 anos depois de seu lançamento, a música continua atemporal e presente nas noites paraenses. A canção foi lançada pela gravadora Terra Nova, em 1986 no LP Amor Amor, do cantor e compositor Carlos Magno Xavier, o Magno, que celebra este ano 40 anos de carreira.

A data está sendo marcada pelo lançamento do CD “Esperando Você”, pela Gravadora Atração. O trabalho traz releitura de algumas canções de sucesso do músico e interpretações de sucessos como “Yolanda”, de Pablo Milanés, conhecida na voz de Chico Buarque desde 1984 e “Pra tentar te Esquecer”, de Carlos Cola, além de “Esperando você”, que dá título ao álbum. “O projeto é fazer uma turnê com esse disco novo, viajar por alguns estados. Mas tenho preferência com todo respeito aos demais que isso comece por Belém”, contou.

Atualmente Magno mora em Fortaleza, capital do Ceará, onde tem um programa em uma TV local. “Chama-se Clube do Brega onde sou sócio como apresentador em parceria com a TV Diário há 20 anos com muita audiência, o que suprime um pouco do vazio artístico, deixado pela pandemia” diz.

O cantor, compositor e produtor musical nordestino marcou toda uma geração quando passou por Belém. Ele é um dos principais expoentes da música romântica e começou sua carreira em apresentações em casas noturnas no Pará e no eixo Rio – São Paulo, entre os anos de 1981 a 1985.

“É muito difícil resumir a importância do Norte na minha carreira. Fui para Belém em 1985 indicado por um amigo meu pai para o seu Romulo Maiorana. Fui recebido por ele e a primeira pergunta que ele fez foi: o que você quer aqui em Belém? Respondi que desejava gravar. Ele me convidou para ir ao Iate Clube e mandou me buscar no hotel em carro azul, um landau. Isso resultou na minha primeira apresentação no Pará, no Iate Clube junto com a banda com a Banda Sayonara”, relembra.

O músico ainda se diz saudoso dessa época. “Viajei por 90% desse estado. Cantei nos lugares simples e em locais como Ginásio de Educação Física, um ginásio inteiro cantando a minha música. Foi um momento maravilhoso, inesquecível e emblemático. O mesmo ocorreu em outras casas como o Kalamazoo. Naquela época as aparelhagens também faziam sucesso e passei por elas, como o Tupinambá e tantas outras”, recorda.

As parcerias feitas com músicos aqui do estado também são marcantes para o cantor.  “Tive o privilégio de conhecer duas das maiores inspirações musicais dessa região, o Vital Lima e o Nilson Chaves, assim como o Manoel Cordeiro, que é outra grande expressão e se tornou meu parceiro musical por um tempo na minha carreira”, cita.

Em quatro décadas, gravou 1 compacto, 8 Lp’s, 12 CD’s e 2 DVD’s. Recebeu “Disco de Ouro” - concedido aos artistas que conseguiram vender mais de 500 mil cópias -, em 1987, com a música “Amor Amor”, produção de Carlos André. Até hoje é sucesso e a canção mais regravada de sua discografia. Entre outros sucessos do artista estão também “Como eu te amei” e “Amor contido”. Seus discos ganharam assinatura de produtores como Ed Lincoln, Alípio Martins, Oséias Lopez (Carlos André), Janjão, Daniel Benitez, Nino Santos e o próprio Magno.

Um dos destaques de sua carreira foi a participação, a convite do músico, da dupla Leandro e Leonardo em 1988 no LP lançado pela Gravadora 3M, na canção “Assim não pode ser” de autoria de Magno.

Participaram da discografia do artista ainda nomes como: Vital Lima, Nilson Chaves, Maestro Chiquinho, Ivanildo “Sax de Ouro”, Maestro Eduardo Assad, Osvaldinho do Acordeon, Maestro Zé Paulo Soares, Evaldo Gouveia, Diego Gimenez (Espanhol), Banda Labaredas-Recife, dentre outros.

Da mesma forma, também recebeu convites e participou de gravações em DVD de expoentes da música brasileira como Waldick Soriano, Claúdia Barroso, Odair José e Evaldo Gouveia. “Os anos 80 foram a melhor fase da música brasileira em todos os aspectos em todos os segmentos”, avalia.

Magno regravou canções imortalizadas nas vozes de artistas como: Roberto Carlos, Djavan, Dominguinhos, Zezé di Camargo, Carlos Da fé, Martinha, Odair José, Márcio Greick, dentre outros. Para ele, “a música brasileira é uma das mais ricas do mundo, em ritmos, melodias e misturas musicais, ouvir artista A ou B, é uma questão de gosto ou de estado de espírito, ouço de Waldick Soriano a João Gilberto. Brega é aquilo que não gostamos”, define.

Entre as inspirações de Magno na música estão artistas como Altemar Dutra e Agnaldo Timóteo, segundo ele, “pela forma de interpretação e potencial vocal”. Outra inspiração foi o ídolo Elvis Presley, “devido a performance de palco e pela completa expressão artística”, diz. O resultado dessa mistura foi a versatilidade musical do artista como intérprete e compositor, que passeia por ritmos como merengues, salsas, forró, lambadas e baladas românticas.

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