Artistas em devoção à Nossa Senhora de Nazaré

Mano Ió e Jorginho Gomez confessam a paixão pela padroeira dos paraenses com a música

Vito Gemaque
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A devoção à Nossa Senhora de Nazaré tem muitas formas e expressões do povo paraense. Os músicos devotos da Padroeira dos Paraenses todo ano renovam a fé inspiradora. Um desses artistas é o compositor paraense Eugênio Ribeiro, conhecido pelo nome artístico de Mano Ió, que se sente um filho acolhido por sua mãe, Nazaré. “Sinto ela em minhas orações”, detalha. Em homenagem à santa, ele já escreveu duas músicas.

“Compus duas homenagens para Nossa Senhora, uma chamada ‘Círio de Nazaré’ onde descrevo os momentos vividos por mim no Círio. Essa primeira foi pensando em um amigo que se foi. Ele sempre se encontrava comigo para vermos a santa passar na Augusto Montenegro. Nós nos emocionávamos muito. Com essa canção fui convidado pelo Ministério Sal e Luz para cantar na chegada da santa na Igreja da Sé, na Trasladação, uma das maiores emoções da minha vida. A outra é ‘Vem viver o Círio de Nazaré’ que compus com minha mãe Maria de Lourdes. Passamos nessa canção a alegria que o Círio transmite às famílias paraenses, com um clipe lindo”, explica Mano Ió.

Com 22 anos de carreira, Eugênio é um instrumentista que tocou com vários cantores e compositores da música paraense. O Círio para ele e sua família é um momento muito especial do ano. Mano Ió diz viver intensamente o período participando de tudo o que consegue. “Organizamos o almoço em família e devido às músicas que gravamos para Nossa Senhora recebemos muitos convites para tocar nesse período, é maravilhoso. Esse ano vamos fazer uma live especial para homenagear nossa santinha”, adianta.

O também compositor Jorginho Gomez, e amigo de Mano Ió, revela que já alcançou alguns pedidos graças a Nossa Senhora de Nazaré. O artista é um nome reconhecido nos festivais de música paraense e só não acompanha o Círio quando está viajando por causa da carreira. A profissão lhe garantiu lugar privilegiado para tocar em homenagem à santa durante as procissões.

“Quando a minha carreira musical foi engrenando já ficava difícil acompanhar [o Círio], pois teve ano que estava viajando na época e não pude estar presente. Mas também já tive a oportunidade de cantar tanto na Trasladação como no Círio de domingo, junto com o coral de Belém, e acompanhando como músico um cantor católico, que também estava atuando nas profissões musicalmente”, relembra.

Desde criança, ele se emociona com a fé dos paraenses. Por Nossa Senhora, ele expressa “um sentimento principalmente de gratidão”, por já ter presenciado graças na família, com amigos, e na própria vida por uma promessa quando era jovem. Foi neste momento que Jorginho começou a acompanhar a procissão sozinho. “Desde o primeiro momento, que fui ainda criança, passei a ir todos os anos com meus pais. Depois, quando fiz uma promessa, já mais adulto, passei a acompanhar sozinho a procissão”, relata.

Gomez já lançou dois álbuns. Neste ano, diante da pandemia, que começa a ser controlada, ele espera conseguir patrocínio para lançar o novo trabalho. “Agora estou em processo de produção de um EP, ainda sem título, em busca de patrocínio para finalizar o mesmo, já que a pandemia trouxe muita dificuldade financeira para a nossa classe. Porém, tenho fé em Nossa Senhora que aparecerá um grande parceiro para me ajudar a finalizar este trabalho e possa disponibilizar para o público em todas as plataformas digitais”, espera.

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