Morre Pierre Beltrand, pioneiro do colunismo social no Pará

Pierre tinha 93 anos de idade e 75 de jornalismo

Abílio Dantas
fonte

A história do jornalismo passa a incluir entre os seus personagens de destaque já falecidos o pioneiro do colunismo social no Pará, Pierre Beltrand, que faleceu na madrugada desta quarta-feira, 25, aos 93 anos. Com 75 anos de ofício e criatividade no trabalho jornalístico, o colunista deixa legado de inovação, elegância e simpatia. Ele assinava o caderno Grand Monde, do jornal Amazônia.

O velório será na Capela Max Domini, na avenida José Bonifácio, 550, a partir das 15h. Já o enterro será no Cemitério Santa Izabel, às 9h30, nesta quinta-feira, 26.

Nascido Ubiratan Aguiar, o jornalista optou pelo pseudônimo Pierre Beltrand para se proteger das repercussões das notas polêmicas que publicava. “Eu divulgava traição de casais, brigas de família e entre outros assuntos polêmicos e quando os envolvidos liam, acabava dando problema, por isso criei o Pierre Beltrand”, explica, em entrevista ao Grupo Liberal, em maio de 2022.

VEJA MAIS 

image Pioneiro do colunismo social no Pará, Pierre Beltrand fala da inovação do espaço no jornal Amazônia
Pierre recorda que resolveu criar o codinome como forma de se proteger do público

image O amigo e também colunista social Pierre Beltrand celebra 90 anos

image Colunista social Adenirson Lage morre aos 77 anos em Belém
O jornalista estava internado há quase um mês por complicações cardíacas e não resistiu ao quadro na noite da última quarta-feira (07)

Em sua trajetória, destacou as características específicas do gênero coluna social. “É um tipo de informação que remete a diversos sentimentos no leitor, além da curiosidade. Eu costumo iniciar os meus textos já com o nome do personagem, pois é uma forma que eu encontrei de despertar o interesse no leitor”, ensinou.

"Pierre Beltrand e o colunismo social paraense se misturam. Por décadas levou informação e opinião aos leitores, atravessando gerações. Como profissional, sempre foi querido pelos colegas, aos quais tratava com educação, respeito e amizade, incluindo os do jornal Amazônia, no qual publicou por décadas, aos domingos, a coluna Grand Monde, a última sendo publicada neste mês de janeiro. Certamente vai fazer falta ao colunismo, onde tem o nome marcado, e aos que conviviam com ele", afirmou a editora-chefe do jornal Amazônia, Soraya Pessoa.

"Os adjetivos e elogios ditos ao Pierre, o nosso Ubiratan Aguiar, validam o ser humano especial que ele era. Seu amor e elegância ao atuar em várias frentes da comunicação, seja na TV, rádio e mídia impressa, fizeram com que o Pierre fosse um marco no jornalismo paraense. Agora ficam a lembrança e o legado de um profissional que serve de inspiração para outros comunicadores que trilham o mesmo caminho, principalmente o do colunismo social", disse Felipe Melo, head de Conteúdo do Grupo Liberal.

'Sherlock'

O repórter Dilson Pimentel conviveu com Pierre Beltrand na redação de O Liberal e do Amazônia. “Era um homem educado e elegante”, disse. “Quando eu o encontrava na redação, ele, brincando, me chamava de ‘Sherlok’", contou. Uma referência a Sherlock Holmes, um dos mais famosos personagens dos romances policiais da literatura britânica. "A brincadeira era porque eu, durante muito tempo, fui setorizado na reportagem policial”, lembrou.

Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱
Cultura
.
Ícone cancelar

Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo!

Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é.

Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos.

Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado!

ÚLTIMAS EM CULTURA

MAIS LIDAS EM CULTURA