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Luís Carlos, do Raça Negra, é a elegância atemporal do pagode romântico

Entre blazers, brilhos e ternos sob medida, cantor tem uma imagem que conta a mesma história que suas músicas: romântica e elegante

Bruna Dias

Luís Carlos, vocalista do Raça Negra, sempre entrega looks marcantes com uma identidade visual própria. O artista, que mistura elegância com um toque descontraído, usa peças características do pagode romântico dos anos 90 e 2000, mas que foram esquecidas na atualidade, porém, ele não abriu mão da elegância até os dias de hoje.

No dia 14 de agosto, com o cantor Paulo Ricardo e grupo Raça Negra, se apresentam no Mangueirão. Os ingressos já estão à venda.


Para Karina Farias, consultora estratégica de imagem e estilo e especialista em varejo de moda, Luís Carlos carrega na sua imagem pessoal e profissional: identidade, permanência e atualização. “Poucos artistas da música brasileira popular carregam com tanta coerência e carisma esses elementos quanto Luís Carlos. Sua presença de palco e seu estilo pessoal traduzem, há mais de três décadas, a fusão entre o romântico, o popular e o sofisticado — uma assinatura visual construída com intencionalidade e que foi se aprimorando ao longo do tempo”, pontua.

Usando sempre ternos ou blazers, muitas vezes de cores sóbrias predominam (preto, cinza, azul-marinho), Luís Carlos tem um estilo mais clássico e sofisticado. “Na década de 1990, auge do pagode romântico, ele assumia um visual alinhado com os códigos estéticos da época: camisas amplas estampadas, de tecidos acetinados ou com brilho, coletes e calças de corte mais reto. Esse conjunto construía uma imagem de elegância acessível, conectada com o universo afetivo do público. O romantismo das letras ecoava na escolha por tecidos fluidos e cortes que valorizavam o movimento, sugerindo leveza, presença e emoção — atributos essenciais à sua performance”, explica Karina.

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A consultora diz ainda, que com o passar dos anos, as escolhas de Luís Carlos foram sendo refinadas sem perder a essência. Outra coisa que ela destaca, é o cabelo do artista, que está sempre bem cuidado, manteve-se curto e discreto, alinhando-se ao rosto sem barba ou bigode, reforçando uma estética, clássica e elegante. “Essa constância revela não apenas um estilo pessoal consolidado, mas também um olhar cuidadoso sobre sua própria imagem’, diz.

Com o avanço das tecnologias têxteis e a ampliação das referências de moda masculina, Karina pontua que Luís Carlos passou a adotar um visual mais estruturado. As modelagens se ajustaram ao corpo, mantendo o conforto, mas revelando mais forma. As camisas passaram a vir em tecidos nobres e as cores se tornaram mais sóbrias, com predomínio de tons escuros, neutros e terrosos, reforçando uma estética madura, sem abrir mão do brilho pontual que sempre marcou sua trajetória visual.

Outro elemento que merece destaque na opinião de Karina Farias é o uso de acessórios. O uso do cordão em formato de coração com a inscrição “100% Raça Negra”, um símbolo de pertencimento, orgulho racial e afeto pela própria trajetória.

“A imagem de Luiz Carlos é um exemplo de como estilo pessoal e imagem profissional caminham juntos e se moldam ao tempo sem perder essência. Ao olhar para sua trajetória, vemos mais do que roupas e cortes de cabelo: vemos um artista que entende que vestir-se é também comunicar, é traduzir em forma e tecido o sentimento que canta — e isso ele faz com maestria”, finaliza a consultora.