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Live aborda o best-seller paraense 'Visagens e Assombrações de Belém'

As histórias do imaginário popular da capital paraense foram registradas pelo escritor Walcyr Monteiro.

Enize Vidigal O Liberal
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“Belém é uma cidade visagenta”, já dizia o saudoso Walcyr Monteiro, autor do best-seller paraense “Visagens e Assombrações de Belém”. A superstição em torno da sexta-feira 13 reaviva as histórias de terror contadas sobre lugares da capital paraense e que foram eternizadas por esse escritor. O livro será tema da live que o professor, pesquisador e escritor Paulo Maués Corrêa fará nesta sexta-feira, 13, a partir das 20 horas, no canal dele no Youtube.

Paulo Maués Corrêa é professor de Literatura e Língua Portuguesa, com mestrado e Doutorado em Estudos Literários, e também foi revisor dos livros de Walcyr Monteiro. O objetivo da live é falar sobre o livro de Walcyr não apenas por ser sexta-feira 13, mas também em alusão ao Dia do Folclore, que será no próximo dia 22.

image O escritor Paulo Maués já tem cerca de 20 livros publicados  (Divulgação)

“O Walcyr Monteiro foi um autor da Amazônia que trabalhou com nosso imaginário. Eu trabalhei com ele por 20 anos. Era revisor e amigo dele. Sei todo o processo de pesquisa dele e conheço a obra toda. Vou fazer a exposição de algumas informações importantes a respeito do autor e do histórico do livro. Vou responder perguntas do público e, claro, vou contar algumas histórias principais do livro”, conta o professor.

Entre as histórias preferidas do público está a da Moça do Táxi, que ele vai relembrar. A moça apanhava um táxi em frente ao Cemitério Santa Isabel e pedia para ser levada até a residência, de onde pedia ao motorista que voltasse no dia seguinte para receber o valor da corrida. Porém, quando o motorista retornava, descobria que a moça já havia falecido há muito tempo e que vários taxistas tinham sido enganados por essa visagem.

image Walcyr Monteiro transformou em livro histórias orais do Pará (Bruno Cruz/O Liberal)

Paulo Corrêa também é professor do estado e autor de livros sobre lendas amazônicas e sobre autores paraenses. Entre os livros que publicou estão “Cobra Grande: Terror e Encantamento na Amazônia” e o recente “Anhanga, Curupira e Mapinguari: Protetores da Natureza”.

Belém palco de visagens

“O trabalho de Walcyr Monteiro é ímpar. Ninguém antes dele tinha se preocupado em efetuar o registro escrito dessas histórias, que, antes eram reproduzidas apenas de forma oral”, destaca o filho do escritor Átila Monteiro. Ele procura manter o legado do pai, que teve um trabalho importante para a cultura popular. Atualmente, Átila e o filho dele, Pedro Guilherme Monteiro, gravam vídeos narrando as histórias contadas por Walcyr no canal do Youtube “Visagens e Assombrações de Belém - Walcyr Monteiro!”.

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Sobre o histórico Palacete Bolonha, o autor escreveu sobre rumores de vigias e de visitantes que avistaram espíritos no lugar, bem como o fantasma do cachorro do antigo proprietário, Francisco Bolonha. Também há relatos sobre vultos e sussurros nas escadarias do edifício Manoel Pinto da Silva, um dos mais antigos de Belém, bem como de almas penadas que abordam na calçada do prédio as pessoas que passam por ali tarde da noite.

Outra história assustadora teria se passado no bairro do Reduto, onde uma porca sem dono perturbava o sono da vizinhança com ruídos e grunhidos enquanto corria da Praça Magalhães em direção à Ponte do Igarapé das Almas e lá desaparecia, toda as noites. Ao mesmo tempo, havia uma velha desconhecida costumava perambular naquele lugar. Um dia, os moradores resolveram matar o animal a pauladas e, logo depois, saíram para comemorar. Na manhã seguinte, a porca não estava lá, mas no lugar dela estava a velha morta com marcas de pauladas e pedradas.

Outro “causo” sobre o cemitério Santa Isabel, é do jovem Pedro que se apaixonou à primeira vista por uma bela moça que conheceu na Avenida José Bonifácio, em uma tarde chuvosa. O casal teve uma noite de amor e o rapaz a pediu em noivado, dando para ela o anel que havia lhe sido devolvido, momentos antes, por sua ex-noiva, que rompeu compromisso naquele dia. Na manhã seguinte, Pedro desperta sobre uma sepultura do cemitério, onde na lápide estava a foto da moça que havia conhecido no dia anterior, bem como o nome dela, Maria Leopoldina. Ele descobre que ela faleceu há bastante tempo e, perplexo, encontra o anel ao lado da lápide.

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Cultura
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