Leandro Leahrt, do Art Popular, classifica público de Belém como “intenso”

O grupo está lançando o terceiro álbum "Tan Tan" da trilogia” Batuque da Magia"

Bruna Lima
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Leandro Leahrt, vocalista da banda Art Popular, está saudoso do público paraense e o classificou como um público "intenso". Ele deu essa característica durante entrevista exclusiva para O Liberal, nesta terça-feira (8). O grupo está lançando o terceiro álbum "Tan Tan" da trilogia” Batuque da Magia". O novo álbum já está em todas as plataformas digitais.

O grupo que ajudou a movimentar o "boom" do pagode entre as décadas de 90 e início dos anos 2000 apresenta ao público o novo trabalho "Tan Tan", que encerra a trilogia. O último álbum vem com oito faixas e com uma batida mais dançante e agitada. E traz, igualmente, o samba-enredo “Axé Meu Camisa Axé”, uma homenagem a todas as escolas de samba.

A trilogia foi dividida entre os três instrumentos segundo os quais foi dividido o álbum, além de tan tan, cavaquinho e pandeiro , o que carrega o nome do terceiro volume é focado no samba de roda e o que mais representa o Carnaval, nesta sua proximidade da festa ao lançamento.

"Nós fizemos esse trabalho logo quando começou a pandemia. Eu fiquei aqui no estúdio da minha casa e fiz algumas composições. O álbum todo mostra essa nossa fase mais reclusa e mostra também esse outro momento mais para cima, que é com o álbum Tan Tan", explica Leandro.

Em “Cavaquinho”, lançado no ano passado, a pegada das canções era do samba romântico, tanto que entre as parcerias estão as de mestres como Jorge Aragão (“Até que Aprendi”). Já em “Pandeiro”, que abre o trabalho de “Batuque de Magia”, o norte era o partido alto, o samba mais tradicional - algo bem conhecido e executado pelo Art Popular desde a sua fundação até este 2022 ainda pandêmico.

O conjunto já havia mudado de direção sem abandonar o samba anteriormente flertando com funk e forró, no meio dos anos 1990, e com a música eletrônica, no final daquela década.

Já hoje, o flerte é com a maior proximidade dos fãs, que opinaram pelo grupo de conversas do Art Popular no aplicativo Telegram e foram atendidos pelos seis sambistas.

Sobre a resistência do Art Popular, Leandro diz que o grupo é uma referência e como um pai para os novos grupos, já que tem clássicos que persistem até hoje como "Temporal", "Pimpolho", "Sem abuso" e entre outras canções.

O vocalista chegou a passar 12 anos afastado do grupo, mas ele diz que é muito feliz em ter voltado e fazer parte do Art Popular em decorrência da afinidade musical e pessoal com os demais integrantes. "A gente é uma família e é muito bom fazer parte dessa história do movimento do pagode e do samba", destaca Leandro.

Para o artista, o público de Belém é marcante e intenso. Ele diz que todas as vezes que fez show na cidade encontrou receptividade e participação do público. "É uma galera que consome e que está sempre disposto a ajudar", completou Leandro. O grupo já voltou aos palcos e está agilizando o quanto antes um show na capital paraense.

O Art Popular foi formado em meados de 1984 por uma turma de amigos da que se reunia todos os finais de semana para tocar no bar Casa da Uva, no bairro do Tucuruvi, zona norte de São Paulo. O nome do grupo foi inspirado em versos da música "Coisa de Pele", do sambista Jorge Aragão. 

 

 

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