Exposição “Fique de Olho” destaca a arte de novos talentos paraenses das artes visuais

Atração do Circular Campina Cidade Velha deste domingo, 12, a mostra apresenta 20 obras de novos artistas

O Liberal
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A exposição “Fique de Olho” traz ao público obras de artistas plásticos que estão se destacando no cenário cultural paraense. A exposição será aberta ao público neste domingo, 12, no Terrace AP, localizada na sede social da Assembleia Paraense (avenida Presidente Vargas, 762), das 10h às 16h, dentro da programação do Circular Campina Cidade Velha. A mostra é um convite para o espectador ficar de olhos atentos às produções dos artistas selecionados. São eles: Antônio Dias Júnior; Carla Duncan; Diego Azevedo; Jéssica Soares e Ori Júnior.

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O curador da exposição, Thiago Lima de Souza, diretor artístico-cultural da AP, considera a exposição um reflexo da produção contemporânea no Pará. “A mostra celebra as vozes criativas que emergem do sempre rico cenário artístico paraense e oferecem uma visão das questões quotidianas que nos cercam. Cada obra é um convite à contemplação, à empatia e à crítica, cuja criação representa um espelho de nossa sociedade, um testemunho das esperanças e tensões que moldam nosso tempo em uma sinestesia imagética de impressões e percepções”, destaca.

Antônio Dias Júnior, de 26 anos, é natural de Abaetetuba e acadêmico de artes visuais na Universidade Federal do Pará (UFPA). Este ano, conquistou o prêmio Novos Contemporâneos, da Fundação Cultural do Pará (FCP). Na exposição, apresenta a série "Realidades e a violência normalizada" que fala sobre questões consideradas abusivas em nossa sociedade, como violência em corpos negros, exploração e mais-valia. E a série “Garis” que retrata, com olhar crítico, os profissionais responsáveis pela limpeza das ruas e praças da cidade.

“As obras buscam promover uma reflexão sobre as discrepâncias de tratamento dado a diferentes categorias profissionais. Também traz uma pauta racial. Mostra que estes garis, tão desvalorizados, são, em sua grande maioria, pessoas negras ou pardas, de baixa escolaridade e oriundas de uma camada social pobre.”, explica o artista.

Jéssica Soares, de 28 anos, é uma artista autodidata. Em 2015, desenvolveu técnicas de realismo e hiper-realismo em retratos com lápis de cor. Em 2020, redescobriu a técnica de pintura em aquarela. Na exposição, apresenta 08 obras que abordam as perspectivas sobre o Brasil e a Amazônia. Em quatro delas, retrata cenas do cotidiano e reforça o imaginário afetivo que faz parte da identidade brasileira. Nas outras, resgata diversas identidades visuais do Pará, como o Ver-o-Peso, a Estação das Docas, o Combu e outras regiões ribeirinhas.

“Essa combinação permite que o observador estabeleça uma relação visual onde pode identificar as semelhanças e os contrastes entre o espaço urbano e o ribeirinho. As obras dialogam com memórias afetivas, criando proximidade com o observador, que encontra tranquilidade e identificação com o que é corriqueiro e habitual.”, explica.

 Também participante da mostra, o fotógrafo Ori Júnior, de 41 anos, mora em Barcarena. Na exposição, apresenta imagens da série fotográfica “Penas, Plumas e Penugens”, que captura, por meio da técnica da macrofotografia, a exuberância escondida nos detalhes da fauna amazônica. São composições abstratas, onde as penas de pássaros da Amazônia brasileira são as protagonistas.

O artista conta que as imagens foram coletadas da fauna presente no Mangal das Garças. “Adentro o mundo fascinante dos pequenos detalhes, revelando uma beleza oculta que geralmente escapa à nossa percepção cotidiana. A beleza dos pequenos detalhes que se escondem na simetria das linhas, na exuberância das cores e texturas presentes em penas de araras, papagaios, periquitos, flamingos entre outras aves.”, conta.

Carla Duncan é muralista e instrutora de desenho e pintura. Na exposição apresenta obras da série “Retratos Urbanos”, com desenhos e pinturas desenvolvidos com técnica mista, acrílica e óleo sobre papel. Segundo a artista, a série faz uma reflexão sobre as memórias pessoais do cotidiano amazônico e as contradições da experiência urbana, com suas restrições e possibilidades.

Já Diego Azevedo, 34 anos, iniciou sua formação artística em oficinas da Fundação Curro Velho. Desde 2020 desenvolve trabalhos sobre cotidiano e micro sistemas sociais, a partir de questionamentos sobre os temas infância, família, igreja e periferia. Em 2023, foi contemplado no prêmio Novos Contemporâneos, da Fundação Cultural do Pará.

Na exposição, apresenta pinturas com a técnica óleo sobre tela. Obras da série “Quando os Sonhos Cedem ao Dever”, que utiliza símbolos do cotidiano doméstico, trazendo à luz a figura matriarcal das periferias, inspirado na própria mãe, dona Icleia, como centro visual das pinturas.

Serviço: A exposição “Fique de Olho” ficará aberta ao público neste domingo, 12, no Terrace AP (sede social da Assembleia Paraense - Av. Presidente Vargas, 762 - Campina ), das 10h às 16h. A partir do meio-dia haverá música ao vivo com a cantora Amanda de Paula.

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