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Espaço aberto à diversidade ajuda a promover a causa LGBTQIA+ através da cultura

A cantora Marina Black, o ator e escritor Saulo Sisnando e a b-girl Mini Japa comentam as trajetórias e a divulgação dos seus trabalhos no jornal.

Enize Vidigal O Liberal

O jornal O Liberal chega aos 75 anos com a preocupação de dar voz à diversidade na cultura paraense. A conhecida intérprete de samba Mariza Black e o escritor, diretor e dramaturgo com trabalhos voltados ao público LGBTQIA+, Saulo Sisnando, comentam o espaço que tiveram nas páginas deste veículo de comunicação e como a imprensa tem um papel de credibilidade importante sobre as informações que publica.

A cantora Mariza Black, com 18 anos de carreira em Belém, afirma que o reconhecimento pelo trabalho dela não foi fácil de conseguir. “A visibilidade por ser uma mulher negra é sempre mais dificultosa até nas rodas de samba que ocupo”, revela. O Liberal foi um dos primeiros veículos a noticiar o trabalho da artista. 


“Ter espaço em O Liberal me deu visibilidade maior, porque o jornal te projeta. Todas as matérias que saíram sobre a minha carreira foram lindas e só vieram a fortalecer o meu trabalho. Parabenizo o jornal e agradeço por estar fortalecendo o nosso nome dentro da cultura e da arte do nosso estado e de uma forma responsável”, declara.

Depois de Creuza Gomes, Mariza Black se tornou a segunda mulher intérprete de samba enredo em Belém, e depois dela vieram outras. Hoje, ela é puxadora de samba de quatro escolas da capital paraense, e, há três anos, lançou o primeiro álbum, “Samba Parauara”, que foi notícia em O Liberal, inclusive, com entrevista em texto e em vídeo de forma integrada ao portal OLiberal.com.

Já Saulo Sisnando trabalha como diretor, dramaturgo e ator há 19 anos, e, atualmente, promove espetáculos com o grupo de Teatro de Apartamento, pelo qual tem feito espetáculos no Pará e no Rio Janeiro, como “Por um Segundo Apenas”, “Reinvenção do Amor” e “Príncipe Poeira”, peça infantil que recebeu prêmios do Centro Brasileiro de Teatro para a Infância e Juventude como melhor espetáculo, melhor texto e melhor ator principal (Fabrício Tolido).

Grande parte da obra de Sisnando traz a temática LGBTQIA+. Este ano, ele lançou o romance gay “Terra de Paixões”, na Amazon, que foi noticiado por O Liberal. “É o primeiro romance inspirado nos livros de banca de revista, como Bianca e Sabrina. O livro teve 200 classificações de 5 estrelas e ficou entre os mais lidos com a temática LGBTQIA+ na plataforma, no mundo”, destaca.

“Embora seja possível divulgar (o trabalho) nas redes sociais, a imprensa te dá credibilidade, pois ela tem uma seleção feita por jornalistas que têm uma responsabilidade maior entre todas as coisas que a gente vê por aí. A imprensa dá uma validação na tua carreira”, observa Sisnando.

Mini Japa é uma b-girl (dançarina de hip hop) premiada. Há doze anos ela pratica essa modalidade de dança. O sucesso foi conquistado com suor em premiações internacionais. “Cheguei a ser notícia quando ganhei o Red Bull BC One, em 2018. Fui a primeira b-girl brasileira a estar em um mundial que aconteceu na Suíça. Isso foi matéria (na imprensa) e chegue até a ir para o (Encontro com) Fátima Bernardes”, conta.

Antes disso, ela já vinha desenhando uma trajetória de sucesso. Em 2015, ficou entre as quatro melhores no Batom Battle (Festival Nacional de Danças Urbanas Feminino), e, em 2017, venceu essa competição.

O Liberal vem publicando matérias sobre as expressões artísticas da periferia, como a dança, a música e o grafite. Mini Japa foi uma dessas artistas retratadas em O Liberal. “Estar na mídia tem seu lado bom, a gente consegue levar a nossa arte a mais pessoas, todo mundo consegue ver a gente e saber um pouco mais sobre o que fazemos. Lógico, traz um certo reconhecimento pra gente”.

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