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Daniel ADR narra sua vida na periferia de Belém em "PJL"

O EP está disponível em todas as plataformas digitais, nesta sexta-feira (19).

Bruna Lima
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O rapper Daniel ADR mergulhou em sonoridades diferentes do rap para fazer seu mais novo trabalho, "PJL", Ep com cinco faixas que trazem junto com o rap a batida do house, disco music e entre outras batidas dos anos 80 como forma de inaugurar um trabalho diferenciado. O EP está disponível em todas as plataformas digitais, nesta sexta-feira (19).

O jovem de 22 anos, que já carrega na bagagem o título de melhor MC do Pará pelo Duelo estadual de MC's, em 2014, vem mergulhando na vontade de produzir sonoridades originais. Há um ano, quando começou a pandemia no Pará, ele disse que sentiu a necessidade de produzir algo diferenciado do que já vinha realizando.

"Nesse momento mais em casa comecei a pensar e querer fazer algo diferente. Foi quando resolvi experimentar batidas novas dos anos 80 como house, disco music e outras batidas para mesclar com o rap. Com esse experimento, senti o prazer de criar algo meu e novo", explica o artista.

Para sair da bolha do rap, Daniel optou em escolher pessoas de outros gêneros musicais para fazer parte da produção musical. O músico e produtor Pratagy escreveu três batidas para o projeto, assumindo a produção das músicas “Tiro de 12”, “PJL” e “Vida Bandida” ao lado de Daniel. “Sex Appeal” foi produto das trocas do rapper com o produtor de beats Erick Di. E a última faixa do álbum traz uma nova versão de “Fogo”, música de Felipe Cordeiro que foi produzida pelo próprio compositor paraense, que convidou Daniel ADR para regravar o som.

"Foi muito importante ter artistas de outras cenas musicais para realizar esse trabalho, pois a minha ideia é de misturar e agregar", destaca Daniel.

Para completar as participações, a música “PJL” recebeu versos e vozes de Pelé do Manifesto. Em “Sex Appeal”, uma música essencialmente de amor, o rapper convidou a cantora e compositora paraense Luê para firmar uma parceria que brindou o feat com um house pop.

O álbum conta a história da vida do artista e é um compilado de crônicas “da sua quebrada”, bairro do Guamá, onde vive. Ele fala de violência, tráfico, amizade, amor e liberdade.  "As letras retratam a minha vivência na periferia, falo de tráfico, de amor e em uma faixa falo das duas coisas juntas", acrescenta.   

“PJL”, sigla muito usada pelas maiores facções criminosas do Brasil, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital, significa “Paz, Justiça e Liberdade”, mas acabou se tornando um lema de resistência das comunidades periféricas de todo Brasil.

O rap na vida do jovem surgiu como libertação, pois por ser gago sempre teve dificuldade para se expressar. Foi por meio da arte que quebrou a barreira e passou a mostrar sua visão de mundo. “Eu tinha muito medo de me comunicar, em virtude se ser gago. Mas o rap foi libertador, hoje consigo me apresentar, cantar e falar o que penso”, explicou o jovem.

Daniel ADR começou a brilhar na Batalha de São Braz quando, ainda com 14 anos e só três meses de rima, começou a vencer participantes com mais experiência. Hoje com 22, Daniel ADR tem 8 anos de estrada e três EPs, singles e videoclipes lançados na internet. Além de música, Daniel também é beatmaker e produtor cultural, atuando como organizador da Batalha de São Braz e produtor de projetos da Psica Produções.

O projeto foi contemplado pelo edital de Cultura Urbana Periférica da Lei Aldir Blanc Pará e tem produção executiva da Psica Produções.  

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