Comédia Fulana, Sicrana e Beltrana está de volta aos palcos de Belém
O reencontro de três amigas depois de 20 anos é fio condutor da comédia

O reencontro de três amigas depois de 20 anos é fio condutor da comédia “Fulana, Sicrana e Beltrana”, que volta a ser encenada em Belém neste sábado (18), às 21h, no Teatro Bosque Grão-Pará. No espetáculo, o universo feminino é encarado pelos atores Emanoel Freitas como Beltrana, Kadu Santoro que vive Sicrana e o jornalista e ator André Laurent na pele de Fulana.
Na história escrita pelo dramaturgo, roteirista e escritor paulista, Paulo Sacaldassy, depois de um longo período sem se ver, as três amigas voltam a se falar pela internet e decidem marcar uma reunião. A partir daí se desenrolam muitas confusões e descobertas hilárias.
A peça estreou em 2019, pelas mãos de Emanoel Freitas, chegou a rodar por teatros de Belém e Macapá, mas teve a temporada interrompida por conta da pandemia. “Como dizia Paulo Gustavo: ‘Rir é um ato de resistência’ e é o que estamos fazendo: Resistindo. Resistindo a tudo o que vivemos durante essa pandemia que não acabou, mas já nos permite hoje retomar aos poucos ao cotidiano, mesmo com adaptações e cumprindo protocolos. Vamos continuar resistindo para levar alegria todas as vezes em que for possível’, ressalta o ator Emanoel Freitas, responsável também pela direção e produção geral do espetáculo.
Da primeira temporada para cá, ele conta ter feito algumas modificações necessárias para o retorno. “Precisamos nos adequar aos protocolos, trocar itens do cenário, como um sofá por duas poltronas, por exemplo, e algumas marcações precisaram ser refeitas para garantir o distanciamento”, destaca.
De resto tudo continua igual para garantir a diversão do público, inclusive a Beltrana. “Ela é uma mulher empoderada e que não leva desaforo para casa. Moderna, despojada, independente e que usa os homens como brinquedo, usa, joga fora e pronto como ela mesma diz”, descreve.
Na pele de Sicrana, o ator e diretor cênico da peça, Kadu Santoro, se diz aliviado por poder estar de volta ao palco. “Nesse ambiente eu me sinto muito confortável, é um ambiente que gosto de estar e que me completa. É como se estivesse voltando para casa”, compara.
Mesmo depois de quase um ano sem encenar a peça, ele diz que o entrosamento do elenco continua o mesmo. “Durante os ensaios, tive a sensação de que a gente se apresentou pela última vez na semana passada, porque já estávamos tão íntimos do espetáculo e tão íntimos entre a gente, que tudo parecia muito próximo. O texto fluiu tranquilamente, riamos da mesma forma, como antes”, contou.
Sobre a personagem, Kadu a descreve como uma mulher emocionalmente dependente. “Ela é aquele estereótipo de pessoa que se apaixona pelo mocinho da novela das seis. Altamente romântica, e consequentemente, a ausência do marido, agora é ex-marido, o que gera nela uma incompletude. É como se ela fosse só metade”, afirma.
O jornalista André Laurent aceitou o desafio de dar vida à personagem Fulana. Conhecido do público paraense da TV, onde apresenta o Globo Esporte, ele faz teatro desde 2016. Mas esse lado ator ainda é uma novidade. “As pessoas acabam se surpreendendo quando me veem na peça. Isso me deixa feliz porque não atuo com frequência. A imagem que as pessoas construíram de mim, a de um jornalista esportivo, ainda é muito maior do que a de ator”, diz.
O contato com o público enquanto jornalista e enquanto ator, para ele, é sempre positivo. “Tenho esse contato quando estou em reportagens nos estádios de futebol e também no teatro, que acaba sendo mais próximo, com uma conexão mais intensa, onde a interação é fundamental. Só o teatro pode te conectar dessa forma”, garante.
Para dar conta de todos os papeis, no teatro, na TV, como pai e ainda como roteirista e pesquisador de um novo projeto, Laurent conta ser indispensável ter disciplina. “É preciso montar uma agenda e manter o foco”, diz.
Neste momento, o foco é em Fulana, sua personagem na peça. “Ela é extremamente impulsiva, chega a beirar o passional, mas sobretudo é uma mulher que enfrenta uma dificuldade pelo fim do relacionamento. Está com a autoestima baixa e confusa. É preocupada com o corpo, com a idade e é extremamente debochada, tem sempre aquela ironia dentro dela, apesar desse momento difícil”, enfatiza.
Agende-se:
Comédia Fulana, Sicrana e Beltrana
Data: 18/09, às 21h
Local: Teatro Bosque Grão-Pará
Informações: 98019-4920
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