Coletivo de mulheres artistas Bruta realiza primeira exposição Hamadríade
Exposição estará disponível na Casa Flow, a partir de hoje (21), com obras de cinco artistas mulheres

O coletivo de mulheres artistas Bruta formaliza a sua existência com o lançamento da primeira exposição coletiva intitulada “Hamadríade – Espírito da Floresta”, que abre as portas hoje, a partir das 16h, na Casa Flow, localizada na avenida Conselheiro Furtado, nº 2956. A exposição terá diferentes tipos de obras e técnicas, todas relacionadas ao meio ambiente e diversidade, de cinco artistas do grupo.
O nome Hamdríade vem da mitologia grega. Hamadríade é o espírito da árvore, a ninfa que nasce e morre com o vegetal. A exposição é o resultado de uma imersão no mundo da fauna e da flora pelos rastros das interações humanas em função da cooperação da sociedade para o enfrentamento do colapso ambiental.
Uma das organizadores e artistas presentes na exposição Marina Vieira, de 23 anos, o que une as artistas é o tema. “Nessa exposição até mesmo nas técnicas e vertentes que cada artista segue são muitos diversas. Tem pintura à óleo, acrílica, desenho, mas o ponto de convergência tem uma explicação que é muito mais visual e perceptível na visualidade das obras. A exposição surgiu como uma forma de chamar a atenção no espaço que a gente vive no território, e todas essas obras por mais que não sejam criadas no mesmo período, todas têm muito a marca da territorialidade, as simbologias, a espiritualidade de modo geral. O ponto de conexão de todas essas artistas e obras é serem relacionadas com a natureza que é o que faz que a Hamadríade, o espírito da árvore, é a ninfa que nasce e morre junto com a natureza”, explica.
O grupo Bruta surgiu neste ano para unir as mulheres artistas. Uma das idealizadoras da exposição é a curadora Marta Georgea, que começou a pensar e a organizar o coletivo para ser reconhecida como mulher artista. “Ela já estava um tempo para expor o trabalho dela, colocar o trabalho dela no mercado também. E, a Marta sempre teve essa ideia de que precisava do apoio de outras mulheres, que também viam a possiblidade de criar um coletivo, para no caminho criar uma base mais sólida. Há uma revolta pelo sistema da arte atualmente, que é muito machista e racista. Essa iniciativa de unir com outras mulheres que queriam se profissionalizar no campo das artes seria uma forma de consolidar e abrir um espaço dentro desses circuitos artístico e do mercado também”, destaca Marina.
Marina convida todo o público para prestigiar o trabalho das mulheres do Bruta e conhecer os trabalhos de artistas que estão tentando conseguir seu espaço no mercado e no meio artístico paraense. “As pautas que a gente aborda nessa exposição são de extrema importância e extremamente atuais”, afirma. “Além de ser um momento de lazer, tem uma questão, que não diria politicamente falando, mas de práticas e valores, é uma forma da gente estar se encontrando, se informando e fazendo parte da comunidade. Eu acredito também que por estar direcionando mais para as artistas seja um espaço de acolhimento para as mulheres, já às vezes isso é um sonho distante para elas”, assegura.
Serviço: Hamadríade – Espírito da Floresta
Período de exposição: 21 de julho a 21 de agosto
Dias: Quarta à sábado
Horário: 16h às 22h,
Local: Casa Flow, avenida Conselheiro Furtado, nº 2956, bairro do Guamá.
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