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Cinema, comunicação e arte: o legado de Afonso Gallindo no Pará

Além de jornalista e cineasta, era também publicitário, produtor e servidor da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa)

Emanuele Corrêa
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A comunicação e o audiovisual paraense perdeu nesta quarta-feira, 11, Afonso Gallindo, aos 53 anos, devido a um linfoma - câncer que afeta os linfócitos, células de defesa. Além de jornalista e cineasta, era também publicitário, produtor e servidor da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). Benquisto e admirado, sua partida comoveu os profissionais da comunicação, cinema e artes do Pará, que prestaram as últimas homenagens ontem, 12, durante o velório que aconteceu no Cine Líbero Luxardo.

Dani Franco, jornalista e produtora amazônida, sente-se honrada em poder chamar Afonso Gallindo de amigo, diz. Entre tantas conquistas, que o cineasta carioca, mas de coração paraense deixou, estão refletidas em políticas públicas, avalia. "Pontuo a luta por políticas públicas para o audiovisual, que resultaram no Núcleo de Produção Digital do antigo IAP e a implementação do curso de Cinema da UFPA", começou.

"Ele era produtor em diversos projetos, com parcerias em muitas pontas. Foram mais de 30 anos como produtor e diretor de cinema. Implementou cineclubes em diversos locais, incluindo escolas públicas, sempre em parcerias com instituições e profissionais", destacou, relembrando o percurso de Afonso.

A jornalista também compartilhou outros feitos da carreira de Afonso, entre eles, quando foi presidente da Associação Brasileira de Documentarista e Curta-metragista, na seção Pará (ABDeC-Pa). "Depois representante Regional Norte na ABD Nacional, períodos em que mais brigou pelos avanços no 'fazer cinema'. Suas lutas passam por desde a formatação da Lei do Curta, que foi válida em todo o país, até implementar o Núcleo de Produção do Pará no antigo IAP, hoje Casa das Artes, via projeto da ABD, do qual também foi um dos organizadores viabilizando, através do NPD, um catálogo com mais de 250 títulos de produções do Pará", pontuou.

image Afonso Gallindo, além de jornalista e cineasta, era também publicitário, produtor e servidor da Assembleia Legislativa do Pará. (Dirceu Maués / Arquivo O Liberal)

Afonso foi o responsável pela criação de cineclubes em Belém, entre eles, o Cineclube Pedro Veriano. Dani conta que funcionava na Casa da Linguagem. E ministrou oficinas na área da comunicação e cinema pelo Pará. "Foi Afonso Gallindo também quem fez com que Belém fosse uma das cidades-sede para a realização da prova de seleção para a Escuela Internacional de Cine y TV de Santo Antonio de Los Baños, em Cuba, fundada por Gabriel García Márquez, dando oportunidade de uma única e rica formação para jovens amazônidas", arguiu.

Dani lamentou profundamente a partida do colega de profissão e amigo pessoal e fez uma carta aberta em homenagem a Afonso Gallinda. Ela se despediu do amigo desejando que seu legado não seja esquecido e que o cinema paraense continue prosperando. "Afonso acredita nas pessoas e com elas sonha, transformando sonhos individuais em coletivos. E esse acreditar é o que o move dentro da esperança de que a Amazônia seja a protagonista em suas histórias. Que sua contribuição seja reconhecida hoje e em todos os próximos dias para que o cinema do Pará seja também sinônimo de sonhos e concretudes", finalizou.

Entre as homenagens espalhadas pela capital paraense pela sua contribuição, a última aconteceu no dia 18 de novembro de 2022.  Afonso Gallindo, junto a Célia Maracajá e Astréa Lucena foram homenageados na “Sessão de homenagens – Tem gente que já fez muito pelo cinema paraense", no Cine Líbero Luxardo (Centur). O evento tinha entrada franca e foi organizada pelo Amazônia (Fi)Doc - Festival Pan-Amazônico de Cinema.

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