Advogado de MC Pipokinha se pronuncia sobre ameaça de prisão e acusações de deputado estadual

Em nota, advogado José Estevam Macedo Lima declarou que tomará as medidas cabíveis contra os ataques à artista

O Liberal
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Os advogados de MC Pipokinha divulgaram nesta sexta-feira (19) uma resposta sobre as mais novas polêmicas envolvendo a cantora. Um show da MC que ocorreria neste sábado (20) em Curitiba (PR) foi cancelado, após denúncia e acusações feitas pelo deputado estadual Tito Barrichello (União Brasil). O advogado Jose Estevam Macedo Lima disse que tomará as medidas cabíveis contra os ataques à MC Pipokinha.

O deputado estadual Tito Barrichello (União Brasil) fez uma denúncia contra MC Pipokinha por uma conversa no palco com o DJ Márcio, de 17 anos. Na ocasião a cantora pergunta quando o Márcio fará 18 anos para "botar nela". Essa é a segunda denúncia de Tito contra Pipokinha. Anteriormente, o deputado havia denunciado a funkeira à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal (MPF) por zoofilia, em março. Após o cancelamento do show, o deputado utilizou suas redes sociais para dizer que MC Pipokinha era uma prostituta.

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Em nota, os advogados de Pipokinha acusaram o deputado de agredir verbalmente a MC. "Agredir e incitar ódio contra um gênero é considerado crime e, além de desrespeitar a legislação criminal vigente no Brasil, como a lei 13.642/2018, contra conteúdos misóginos na internet, viola tratados internacionais ratificados pelo nosso país, como a “Convenção sobre todas as formas de discriminação contra a mulher – CEDAW”, e a Convenção de Belém do Pará. Nesse sentido, a Constituição Federal resguarda a igualdade entre as pessoas, independente de sua identidade de gênero, sua raça, origem ou religião", diz parte da nota.

Leia a nota da assessoria jurídica de MC Pipokinha:

A assessoria jurídica da MC Pipokinha, neste ato representada pelo advogado Jose Estevam Macedo Lima, vem a público informar e esclarecer que a liberdade de expressão não é liberdade de agressão, sendo preservadas, pela Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso X, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem, sendo certo que as agressões que vem sofrendo a MC, no exercício de sua profissão e fora dele, serão comunicadas às autoridades competentes para adoção das devidas providências.

Agredir e incitar ódio contra um gênero é considerado crime e, além de desrespeitar a legislação criminal vigente no Brasil, como a lei 13.642/2018, contra conteúdos misóginos na internet, viola tratados internacionais ratificados pelo nosso país, como a “Convenção sobre todas as formas de discriminação contra a mulher – CEDAW”, e a Convenção de Belém do Pará. Nesse sentido, a Constituição Federal resguarda a igualdade entre as pessoas, independente de sua identidade de gênero, sua raça, origem ou religião.

Assim, não podemos confundir a liberdade de expressão artística com a liberdade de expressão de manifestação e pensamento, embora ambas sejam, de fato, garantidas pela Constituição e partam do mesmo princípio. Porém, o limite da liberdade de expressão artística é muito mais alongado do que a liberdade de manifestação do pensamento, pois este fere diretamente direitos individuais dos envolvidos, conforme está ocorrendo no caso.

O artista é contratado, tão somente, para realizar a apresentação artística, não podendo a ele ser imputado qualquer crime, enquanto realiza sua apresentação, pois está sob a égide da liberdade de expressão artística. Nessa esteira, as pessoas que apreciam a música do artista e compram os ingressos, demonstram tacitamente, sua vontade livre e consciente de participar daquele evento e ouvir aquela criação.

As classificações etárias de locais privados e públicos devem ser rigorosamente obedecidas e fiscalizadas pelas autoridades competentes. Portanto, a entrada de pessoas não permitidas nos eventos não é de responsabilidade do artista e sim exclusivamente da casa de show. Imputar ao artista tal responsabilidade, demonstra uma clara perseguição de cunho sensacionalista e contra o gênero feminino. As autoridades, que possuem o dever de fiscalizar, não podem sob a qualquer justificativa um verdadeiro palco para obter benefícios pessoais e profissionais, ou até mesmo se promover através desses feitos.

Diversas são as decisões recentes em que autoridades são responsabilizadas por praticar tal sensacionalismo, com o objetivo de privilegiar sua carreira e seus desejos.

A defesa da cantora MC Pipokinha segue atenta e vigilante em relação à garantia da proteção de seus direitos, principalmente no que concerne a sua dignidade como pessoa humana e respeito como mulher e profissional.

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