'Barca das Letras' narra em livro 14 anos de incentivo à leitura nos rincões do Brasil

O projeto visita comunidades do Nordeste Paraenses desde 2010.

Enize Vidigal
fonte

O projeto Barca das Letras, de incentivo à leitura em comunidades espalhadas por todas as regiões brasileiras, acaba de lançar o livro contendo um balanço das ações de arte-educação realizadas desde o início da circulação da biblioteca itinerante de livros infantis e infanto-juvenis e gibis, em 2008. “Barca das letras- Cartas de Navegação e Utopias” (Editora Cromos), de autoria do coordenador do projeto, Jonas Banhos, e de Pedro Batista César, traz a memória do projeto enriquecida com cartas de depoimentos emocionantes de 33 pessoas envolvidas com a Barca das Letras, entre leitores mirins - inclusive, que já cresceram -, voluntários, doadores, apoiadores, gestores públicos e arte-educadores.

A foto da capa é estampada pelo menino Awataram Tembé, da etnia Tembé Tenetehara do Pará. O projeto já visitou diversas comunidades, inclusive indígenas e remanescentes de quilombos, espalhadas em 17 municípios do Nordeste Paraense, como Ourém, São Miguel do Guamá, Santa Luzia do Pará, Capitão Poço, Cametá e Abaetetuba, além da ilha de Outeiro, em Belém.

A festa literária mais recente, realizada pela Barca das Letras no Pará, afim de apresentar o livro, ocorreu no último sábado, 6, na aldeia Itaputiri, dos Tembé Tenetehara, em Santa Luzia, e reuniu cerca de 150 pessoas entre indígenas e os convidados da área quilombola Mocambo, de Ourém.  

image Livro conta a história do projeto 'Barca das Letras' (Capa)

“Aqui no Pará, o projeto atua desde 2010. Paramos de circular com a pandemia, mas retomamos no X Fórum Social Pan-Amazônico (Fospa) - ocorrido em Belém, entre os dias 28 e 31 de julho -, onde fizemos o lançamento do livro. Na sequência, visitamos a aldeia Itaputiri, onde ocorreu a troca de saberes e de culturas entre os indígenas e os quilombolas do Mucambo. Foi muito bom ver a reação deles se vendo no livro”, conta o arte-educador Jonas Banhos.

Como acontece

Um grupo de voluntários, entre arte-educadores e artistas, chega às comunidades levando a biblioteca itinerante composta de livros doados, entre exemplares novos e usados. A atividade acontece em meio a uma festa literária com atividades como contação de histórias, atividades de desenho e pintura, cantigas de roda, apresentação de poetas, escritores, cordelistas, artistas de circo e também artistas locais, inclusive da cultura local, como carimbó e boi-bumbá.

“A gente monta a biblioteca itinerante no lugar que a comunidade indicar, pode ser a sede de uma associação ou debaixo de uma árvore. Nós decoramos junto com a comunidade, com os enfeites que eles tiverem disponíveis, para ficar com a cara dele. Após a atividade, distribuímos os livros entre as crianças e os professores. E depois, quando vamos embora, mantemos uma relação, voltamos para fazer novas festas literárias e, mesmo à distância, enviamos livros pelo Correio”, conta Jonas, que mora em Brasília.

Venda

O livro custa R$ 60,00 e pode ser adquirido pelo telefone (91) 98131-9179, pelo pix com a chave @barcadasletras@gmail.com ou através da campanha de financiamento coletivo disponível no link: https://www.catarse.me/barca_das_letras_biblioteca_itinerante_cd5d?ref=project_link

Os valores arrecadados serão revertidos para a circulação da biblioteca e a impressão de mais exemplares do livro da Barca das Letras que serão doados a comunidades durante as vivências realizadas este ano.

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