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As tirinhas estão de volta em O Liberal

O caderno de Cultura passa a publicar quatro tirinhas nas edições de segunda-feira.

Enize Vidigal
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A edição impressa de O Liberal da última segunda-feira, 23, trouxe uma novidade: a volta das tirinhas, as histórias enxutas de quadrinhos de humor compostas por três a quatro quadros ou atos. E quem assina o projeto é o premiado ilustrador J.Bosco, que há 34 anos assina as charges e caricaturas de O Liberal e, há cerca de dez anos, realiza também esse trabalho no jornal Amazônia.

“A iniciativa da volta das tirinhas como conteúdo para as edições de segunda-feira do caderno de Cultura foi do diretor de conteúdo do jornal, Daniel Nardin”, conta J.Bosco. “Ainda é um projeto piloto, que publicaremos ao longo das edições dos próximos dias 30 de maio, 6 e 13 de junho, para avaliar a reação dos leitores”.

image "Colarinho Pão e Vinho", de J. Bosco. 

A volta das tirinhas em O Liberal teve grande repercussão nas redes sociais, especialmente entre os autores desse gênero de humor. O carioca Ricky Goodwin, um dos editores do semanário “O Pasquim”, comemorou: “Finalmente, algum jornal abrindo espaço para tiras”. O cartunista e professor de história em quadrinhos, Bira Dantas,de São Paulo, parabenizou o jornal pelo espaço destinado às tirinhas. O ilustrador paulista Jal, assessor do Maurício de Souza, elogiou: “Ainda existem jornais inteligentes”. 

O escritor, filósofo e professor paraense Paulo Nunes destacou a retomada “dos velhos tempos de tirinhas”. O historiador paraense Luiz Fernando Carvalho, detentor do maior acervo de humor do Brasil, disse que estava “saudoso de tirinhas inteligentes” e desejou sucesso ao projeto. 

image "Cobaia", de Waldez.

A produtora artística e escritora Wanda Cabral, paraense que mora na Itália, escreveu: “Em jornal, tirinhas é a página favorita de muitos, como eu”. A desenhista carioca, Rose Araújo, postou que começou a “amar tirinhas lendo nos jornais”. Já o ilustrador paulistano Luciano Giovani ressaltou que as tirinhas auxiliam na alfabetização de crianças que aprimoram o senso crítico.

Tirinhas com temas variados

A cada edição serão publicadas quatro tirinhas. A primeira delas é da coletânea intitulada “Colarinho Pão e Vinho”, de J. Bosco, que traz histórias do universo etílico. “Nessas tirinhas trago observações que tive em mesa de bar, onde se encontram personagens da vida real, conflitos psíquicos, ‘delirius tremens’ e a ressaca”, descreve.

image "Capitão Feijão", de J. Bosco. ()

J. Bosco também assina a tirinha do “Capitão Feijão”, personagem antológico dos gordinhos e dos comilões, um anti-herói movido pela gula e que que tem na comida a sua kriptonita.

Outro autor das tirinhas é o ilustrador paraense premiado Waldez, que está radicado em Blumenau, e que também já assinou charges e caricaturas no jornal Amazônia por 16 anos. O título das tirinhas dele é “Cobaia”, com histórias sobre o comportamento humano com variações entre o humor mais reflexivo e poético ao humor negro. 

image "Quase Extintos", de Marcelo Magon. ()

Os leitores mais antigos vão lembrar que as tirinhas de “Colarinho Pão e Vinho”, “Capitão Feijão” e “Cobaia” já ilustraram as páginas do caderno de Cultura de O Liberal, diariamente, por volta dos anos de 2005 a 2008. Na época, o caderno se chamava “Magazine”. Inclusive, J. Bosco chegou a lançar um livro com a coletânea das tirinhas de “Colarinho”, em 2003. Mas J.Bosco esclarece que não apenas as tirinhas do passado estarão voltando às páginas do jornal, mas também novas criações com os mesmos personagens.

A quarta tirinha do projeto é uma novidade do ilustrador carioca Marcelo Magon, que aborda o tema ecológico com o título “Quase Extintos”. As tirinhas dele trazem personagens animais falantes sobre a dificuldade de viver no habitat natural. “Marcelo lançou um livro com as tirinhas de ‘Quase Extintos’, que é muito interessante porque tem muito a ver com a Amazônia. Ele topou o convite de trazer as tirinhas para o jornal, que valoriza as tirinhas muito mais do que um livro, que circula junto a um número maior de leitores”, avalia J. Bosco.

 

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