Armando Queiroz fala sobre o trabalho de videoarte no Arte Pará 2018
Projeto teve a colaboração do videomaker Marcelo Rodrigues

O Arte Pará 2018 levou o artista visual paraense Armando Queiroz e o videomaker mineiro Marcelo Rodrigues para o Encontro com o Artista, no Museu da Universidade Federal do Pará (UFPA), na noite desta segunda-feira, 05, para um bate-papo direto com o público sob a mediação da artista visual Elaine Arruda, doutoranda em Artes pela Universidade de São Paulo (USP). A mostra deste ano exibe diariamente no núcleo do Museu Emílio Goeldi o video arte "Ymá Nhandehetama" (que significa "Antigamente fomos muitos"), produzido por Armando e Marcelo, em 2009, que apresenta o indígena de origem guarany, ativista e professor universitário, Almires Martins, em um depoimento impactante da vivência do "ser indígena" no Brasil.
"Esse é um trabalho colaborativo, que trata de questões indígenas sob a ótica especial do Almires. O vídeo tem uma força muito grande porque ele conta a própria história e faz uma reflexão sobre a condição de invisibilidade dos povos indígenas no Brasil. O depoimento dialoga fortemente com que a gente espera de um vídeo experimental. O vídeo tem circulado por muitas mostras em muitos países. É antigo, mas tristemente continua atual", descreve Armando Queiroz.
O bate-papo foi a quarta ação educativa do Arte Pará 2018. "Na arte contemporânea é muito importante conhecer o processo criativo do artista, a mensagem a ser transmitida. O artista fala, isso vem à tona e gera discussão. Quanto mais aproximar o artista do público, mais vai se dar o processo de leitura e compreensão do trabalho dele", declara a curadora de educação do salão, Vânia Leal.
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