Ex-BBB e médica Thelma Assis alerta sobre intoxicação por metanol após mortes por bebidas adulterada
Duas pessoas morreram e oito foram internadas após consumo de álcool adulterado; especialista esclarece riscos da substância
Duas mortes e oito internações marcaram o caso de intoxicação por bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, que repercutiu nas redes e preocupou autoridades de saúde. Com seis casos confirmados e dez em investigação, a ex-BBB e médica Thelma Assis usou o Instagram nesta segunda-feira (29/9) para esclarecer dúvidas sobre o risco da substância e orientar a população.
“Eu fiquei muito preocupada, é uma situação bem delicada. Por isso eu resolvi fazer esse vídeo pra poder ajudar a divulgar a informação, porque muita gente nem deve saber o que é metanol”, disse Thelma em vídeo publicado.
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O metanol é um álcool tóxico, usado na indústria como solvente e não indicado para consumo humano. Mesmo pequenas doses podem ser letais. Segundo Thelma, ao ser ingerido, ele é metabolizado pelo fígado e se transforma em ácido fórmico, provocando acidose metabólica, que pode afetar órgãos vitais como cérebro, olhos, pulmões, rins e pâncreas.
“Esse ácido fórmico deixa o corpo ácido, que na medicina a gente chama de acidose metabólica [...] Ele prejudica o nosso sistema nervoso central, prejudica o nosso nervo óptico, a nossa retina, os pulmões, pode dar uma pancreatite, que é a inflamação do pâncreas, pode lesionar os nossos pulmões, pode dar uma insuficiência renal… É um quadro muito grave.”
Ela reforçou que os sintomas podem aparecer entre 6 e 24 horas após o consumo e que o metanol misturado a outras bebidas pode passar despercebido. "Não é também para a gente criar um pânico, mas é para a gente ligar a chavinha de alerta", disse a médica.
Casos recentes e repercussão
O caso envolveu gin, whisky e vodka adquiridos em conveniências, bares e mercados informais. As vítimas são jovens e adultos de diferentes cidades, que consumiram o álcool em festas e bares. Duas pessoas morreram e outras oito foram internadas, sendo seis confirmadas com intoxicação por metanol. Ainda existem 10 casos em investigação, enquanto as autoridades monitoram a situação.
Segundo a secretária nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos, Marta Machado, há risco de surto de intoxicação por metanol e pediu atenção redobrada de consumidores e profissionais de saúde.
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