MENU

BUSCA

Escritora Graziela Brum lança livro 'Engerar Onça' em Santarém; saiba mais

No livro, Graziela relata sua transformação radical após ser escolhida por uma onça em sonhos

O Liberal

O livro "Engerar Onça: construindo Ecofeminismo na Oniricena", obra da escritora Graziela Brum, será lançado nesta sexta-feira, 26, a partir das 19h, no Porão Centro Cultural (Rua 24 de Outubro, 1330), em Santarém. O texto funde autoficção, crítica social e encantaria na Amazônia. Nesta narrativa, Graziela relata sua transformação após "ser escolhida por uma onça em sonhos, desafiando as certezas urbanas que moldavam seu corpo e percepção do mundo", conforme anuncia o texto de divulgação da publicação. O livro foi publicado pela editora Tamba-tajá.

VEJA MAIS

Escritora Graziela Brum lança 'A curva vermelha do rio', em Belém, nesta sexta-feira (25)
A curva vermelha do rio foi o vencedor do Prêmio Belo Horizonte de Literatura

Graziela Brum é autora de "Antologia poética Senhoras Obscenas" (2017), “Jenipará" (2020) e "A Curva Vermelha do Rio" (2024). Seus textos cruzam fronteiras entre poesia, ficção e manifesto. Engerar Onça é seu trabalho mais radical, quando corpo, sonho e floresta insurgem-se como trincheiras.

Segundo a autora, a obra registra a vivência da autora na Vila de Alter do Chão (Pará), onde a relação íntima com a onça – mediada por sonhos – desmonta hierarquias entre humano e animal. A onça emerge como coautora da jornada, invertendo a lógica antropocêntrica: não foi Graziela quem a escolheu, mas o contrário.

Ainda segundo a escritora, a descoberta do propósito em Alter do Chão nasce de um "estalo de incompreensão" durante conversas com o amigo Vicente Cecim, jornalista e escritor paraense. Esses diálogos revelam a impossibilidade de impor "limites urbanos" à natureza – tema central do ecofeminismo da obra. A onça, como guardiã da floresta, personifica a resistência contra a exploração dos ecossistemas, e seus "olhos implantados" na autora sugerem uma nova epistemologia baseada na escuta.

O selo editorial Tamba-tajá tem como proposta de atuação trabalhar com narrativas decoloniais. Engerar Onça integra seu catálogo ao lado de obras como Jenipará (2020) e A Curva Vermelha do Rio (2024), também de Brum, que "exploram a Amazônia como espaço mítico e de conflito",