Assassino de Daniella Perez, Guilherme de Pádua descreve umbral em carta psicografada
Mensagem descreve suposto relato do ator sobre culpa e sofrimento após o crime contra Daniella Perez
Uma carta psicografada atribuída a Guilherme de Pádua foi divulgada pelo canal Conexão Espiritual, no YouTube. O texto teria sido recebido após a morte do ex-ator, ocorrida em 6 de novembro de 2022, aos 53 anos, em Belo Horizonte (MG). À época, o falecimento foi confirmado pela Igreja Batista da Lagoinha, onde ele atuava como pastor.
Condenado pelo assassinato da atriz e bailarina Daniella Perez, em 1992, Pádua volta a ser mencionado publicamente por meio do conteúdo divulgado pelo canal, que afirma ter recebido a mensagem espiritual com descrições de culpa e sofrimento. A suposta carta psicografada apresenta trechos em que Pádua relataria não ter encontrado tranquilidade após a morte.
“O crime que eu cometi nunca saiu do meu pensamento. Mesmo quando meus lábios ensaiavam palavras de arrependimento, minha mente me perturbava. Durante anos tentei vestir a máscara do arrependimento, falei sobre Deus, sobre fé. Mas algo que nem mesmo o tempo consegue silenciar é a dor de ter apagado uma vida inocente”, diz o texto atribuído a Guilherme de Pádua.
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Relato descreve arrependimento e sofrimento
Segundo a mensagem, o ex-ator afirma que revivia mentalmente o crime. “Cada vez que vi o rosto de Daniela em minha mente, era como se eu caísse em um poço de arrependimento. O remorso me rondava nas madrugadas e, por mais que tentasse seguir em frente, algo sempre me puxava de volta para aquele instante, aquele momento terrível”, descreve.
A carta também narra o que seria o momento da morte. “No momento em que deixei o corpo físico não houve paz, mas um mergulho brusco no vazio. Fui exposto a tudo que eu causei. A ficha caiu de vez. Eu havia interrompido um plano de vida. Fui lançado para uma região das trevas”, afirma o texto.
Trechos mencionam castigo no umbral
No conteúdo, o suposto relato descreve uma espécie de punição espiritual. “Ali as correntes que me prendiam não eram de ferro. Eram invisíveis aos olhos humanos, mas insuportavelmente reais. O umbral não me recebeu com frutas, mas com espelhos que me mostravam a cena do crime como um castigo externo”, diz.
Guilherme de Pádua foi condenado pela morte de Daniella Perez, filha da autora de novelas Glória Perez, em um caso de grande repercussão nacional ocorrido em 1992.
(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)