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Alepa reconhece obra do poeta Paes Loureiro como patrimônio cultural e imaterial do Pará

O projeto recebeu os pareceres favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão de Cultura e segue para a sanção do governador Helder Barbalho

O Liberal

A obra do escritor, poeta, professor e ensaísta João de Jesus Paes Loureiro, 86 anos, foi reconhecida como patrimônio cultural e imaterial do Pará pela Assembleia Legislativa do Estado (Alepa). Nesta terça-feira, 5, os deputados aprovaram, à unanimidade, o Projeto de Lei nº 579/2024, de autoria deputada Lívia Duarte (PSOL).

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O artista ficou emocionado com a aprovação: “Recebi essa notícia com muita felicidade. Me sinto feliz pela obra que pude realizar e continuo realizando, que tem tido diálogo tanto com as pessoas da Amazônia, como nacionalmente e com repercussão internacional. Agradeço comovido à deputada Lívia Duarte, que apresentou o projeto”, declarou o poeta.

O projeto recebeu os pareceres favoráveis da Comissão de Constituição e Justiça e da Comissão de Cultura, da Alepa, e, agora, segue para a sanção do governador Helder Barbalho. 

Na tribuna da Alepa, ao defender a aprovação do projeto, Lívia Duarte disse que João de Jesus “é o maior poeta brasileiro vivo” e destacou a atuação dele como professor, defensor das causas populares e da democracia, que foi preso político na Ditadura Militar e hoje tem o talento reconhecido em várias Universidades do mundo. “Nós apenas estamos formalizando. A obra dele é patrimônio cultural e imaterial do Pará, do Brasil e é um dos maiores poetas do mundo”, destacou a deputada.

Natural de Abaetetuba, interior paraense, Paes Loureiro é professor universitário de Estética e Arte, com Doutorado em Sociologia da Cultura pela Universidade de Sorbonne, em Paris. A sua extensa obra é inspirada na cultura, história e no imaginário amazônico e propõe a compreensão sobre a realidade da região e sobre o mundo em que vivemos.

Autor de muitos livros de romance e poesia, publicados em vários idiomas, ele recebeu o prêmio nacional de poesia da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) com o livro “Altar em chamas”, em 1984; e foi indicado ao Prêmio Jabuti pelos poemas do livro “Romance das três flautas”, em 1987. Recentemente, ele foi eleito para a Academia Paraense de Letras.