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17º Se Rasgum volta ao público com temática 'Amazônia Viva'

De 9 a 12 de novembro o público vai poder conferir atrações variadas em diferentes espaços de Belém

Bruna Lima

Depois de dois anos de isolamento e restrição, finalmente, o público paraense vai poder matar a saudade do mais tradicional festival de música de Belém, Festival Se Rasgum, que retorna com uma agenda variada e com a promessa de fazer o público reviver o clima de festival com aquele gosto de expectativa de conhecer bandas novas, de rever as antigas e testemunhar alguns encontros, que são fórmulas únicas de festivais.

O encontro de Sandra de Sá e Arthur Espindola; Aqno e Layse; Lia Sophia e Félix Robatto, por exemplo. Toda essa atmosfera de música, debate e de sensibilização com o cuidado com o meio ambiente começa nesta quarta-feira (9) e vai até o dia 12, incluindo programações gratuitas.

Marcelo Damaso, que é jornalista e um dos principais responsáveis pelo movimento da música no Pará, sempre destaca quando participa de entrevistas que o mercado de música não ocorre apenas com o artista em cima do palco. Uma cadeia de atividades e pessoas são incluídas nesse processo.

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Por isso, além da agenda de shows, o festival assume o caráter de promover workshops e rodas de conversas acerca da cena cultural. Antes da galera seguir para o primeiro dia de programação gratuita no Espaço Cultural Apoena, nesta quarta (9), vai ter a oportunidade de participar da mesa-redonda: “Turnê internacional''. Quais os caminhos abertos para a América Latina,Europa e Estados Unidos?”. A mesa será composta por Marcelo Damaso, o empresário suíço André Bourgeois (Urban Jungle - Céu/Boogarins/Otto), Thiago Piccoli (Noize Media) e Ícaro Lima (Xaninho Discos).

O segundo dia de shows gratuitos será nesta quinta (10), no Pier 11 Janelas, no Complexo Feliz Lusitânia, no Centro Histórico de Belém. Mas nesse mesmo dia, pela manhã, a programação começa com o workshop “Ação-Musical-dramatúrgica”, ministrado por Bia Nogueira, que vai falar sobre empoderamento e presença de palco aos artistas, e assim incrementar suas relações com o público. Ainda nesse mesmo dia vão ocorrer outros debates, mas o público interessado pode acompanhar a programação completa pelo instagram do festival (@serasgum).

Nos dias 11e 12, a galera vai reviver o clima de festival em arena no Espaço Náutico Marine Club. As atrações se dividem entre três palcos nesse dia do evento. “Não foi das tarefas mais fáceis organizar essa programação. Com a pandemia, muitos festivais acabaram se amontoando no segundo semestre de 2022. Mas, como sempre, somos muito otimistas e gostamos de muita coisa e chegamos a um resultado na programação que nos deixou muito felizes, trazendo cinco artistas internacionais, entre eles, uma lenda do reggae jamaicano, o Johnny Clarke. Estamos muito felizes também de ter o Pato Fu de volta, desde 2009, quando eles tocaram na 4ª edição do Se Rasgum. Além, é claro, de todas as novidades

que a gente escuta atento e proporciona um encontro bonito entre esses artistas e seus fãs”, destaca Marcelo Damaso, um dos diretores do Festival Se Rasgum, ao lado de Renée Chalu.

No total, serão 53 artistas que se apresentarão em quatro dias de programação musical. A diversidade musical sempre foi a premissa desde a primeira edição do Se Rasgum. E esse ano, quem pisa nos três palcos são: os mineiros do Pato Fu; Duda Beat; Arthur Espíndola com Sandra de Sá; Letrux; Juçara Marçal; Johnny Clarke; Crypta; Edgar + Keila; Suraras do Tapajós; Psychotic Monks; Shame; Joana Marte com a rapper Anna Suav; Yoún; Tagua Tagua; Lia Sophia + Félix Robatto; Luana Flores, Roberta de Razão; Barro; Mestre Damaceno; Stracho Temelkovski; Raidol;  Jeff Moraes e Arthur da Silva; The Island; Radiola Serra Alta com Jéssica Caitano; AQNO com Layse; Bia Nogueira; DJ Ananindeus;  Luli Braga que se une a Dan Stump. Bruna BG com a MC Ruth Clark, Thaís Badu com Atrixma.  Das Seletivas Amazônia Legal, realizada no ano passado, o Festival abre espaço para a fusão da MPB com R&B de Karin Francis; MC Super Shock com Iris da Selva.

O palco no galpão esse ano se chama Palco Labsônica, e volta maior, com shows especiais e apresentações de DJs de vinil como Elohim (A Balsa – SP), DJ Nat/esquema, Bambata Brothers, as DJs Lux, Shayra Brotero que convida as Themônias; DJ Stephane Campell e, no sábado, a radiola do reggae corre solta depois do show de Johnny Clarke, com os DJs Alex Roots, Jurássico (SP), DJ Vanderson, a dupla de DJs Freedom.

A tradição do Se Rasgum começou com a vontade e a disposição de amigos que resolveram organizar algumas festas com a música autoral de Belém. A partir daí, eles ganharam gosto pela coisa e deram um salto tornando os pequenos eventos em grande festival. E todo esse movimento contribuiu para organizar a cena autoral de Belém, pois por muito tempo, os artistas autorais ficaram órfãos de vitrines.

SUSTENTABILIDADE

O Se Rasgum tem seu compromisso com o meio ambiente e busca despertar e perpetuar cada vez mais a conscientização de seu público. Nos dias de shows,que ocorrerão em espaços públicos e privados, a Composta Belém será a responsável pela coleta e gestão dos resíduos gerados pelo público, com campanhas informativas para destinação correta de plásticos, latas e bitucas de cigarro, por exemplo. Nestes dias entram em cena, também, as ONGs Jandyras e Mandii.

O Se Rasgum terá, em todas as suas ações, pontos de coleta de assinaturas para o projeto Amazônia de Pé, que visa constituir um Projeto de Lei para proteger milhões de hectares de terras da União.

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