Presidente da COP 30 afirma: 'Todo o Brasil tem que se reconhecer na COP'
Embaixador André Corrêa do Lago destaca o papel crucial de biomas como a Caatinga para a captura de CO₂

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém, é uma conferência para todo o Brasil, e não apenas para a Amazônia. A afirmação foi feita pelo presidente do evento, o embaixador André Corrêa do Lago, que destacou os esforços para que todas as regiões e biomas do país se sintam parte das discussões climáticas.
Para materializar essa visão, o embaixador revelou que a identidade visual da COP 30 foi estrategicamente ajustada. “Quando saiu o primeiro momento do símbolo da COP, estava 'COP 30 Amazônia'. Aí uma série de pessoas do governo chamou a atenção de que, não, a COP 30 é no Brasil. Então, agora o símbolo da COP é 'COP 30 Brasil Amazônia'”, explicou, durante audiência na Câmara dos Deputados.
Biomas como a Caatinga também serão contemplados na COP 30
A fala do embaixador responde ao anseio de parlamentares de outras regiões, que pediram atenção a biomas como a Caatinga. Corrêa do Lago demonstrou sensibilidade à pauta e reconheceu a importância científica de ecossistemas fora da Bacia Amazônica.
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“Eu devo dizer que eu aprendi razoavelmente recentemente essa questão do quanto a Caatinga tem um efeito positivo para mudança do clima em captura de CO₂, porque na verdade a Caatinga tem uma floresta por baixo. E o solo é que é o grande segredo”, afirmou.
COP 30 busca sinergia entre convenções da ONU sobre meio ambiente
A presidência da COP 30 trabalha ainda para fortalecer a sinergia entre as três grandes convenções da ONU originadas na Rio-92: a do Clima, a da Biodiversidade e a de Combate à Desertificação. Segundo o embaixador, o objetivo é garantir que o financiamento internacional seja mais bem dividido e que as soluções sejam integradas, refletindo a complexidade e a riqueza ambiental de todo o território nacional.
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