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Unamaz visita sede do Grupo Liberal e firma parceria para divulgar ciência de maneira acessível

Reforçando o compromisso do Grupo Liberal com a Amazônia, as multiplataformas de comunicação serão apoio para a divulgação de projetos científicos de universidades da região

Andréia Santana | Especial para O Liberal

A ampliação da divulgação de pesquisas científicas foi o foco da visita de representantes da Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz) à sede do Grupo Liberal, na manhã desta sexta-feira (21). Com estande na greenzone da COP 30, em Belém, a comitiva se reuniu com o diretor de marketing do Grupo Liberal, Ney Messias, para avançar numa parceria que leve o conhecimento científico produzido na Amazônia às multiplataformas do grupo, em linguagem acessível e voltada a toda a população.

Durante a visita, o presidente da Unamaz, José Lourenço, destacou a relevância da parceria com o grupo para ampliar o alcance do conhecimento científico produzido pelas universidades da Amazônia, levando para diferentes regiões do Brasil e do mundo.

“Essa reunião foi excelente, conduzida por profissionais da maior competência, como o Ney Messias, que é uma pessoa estudiosa da região amazônica. Aqui nós exploramos parte do nosso potencial, temos muito mais coisas para mostrar, por isso que a gente sai daqui com uma parceria mesmo. O Grupo Liberal, que começa a ganhar uma dimensão importante, pode contar conosco, com a inteligência amazônica”, disse.

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O diretor de marketing do Grupo Liberal, Ney Messias, reforçou o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a bioeconomia, um dos eixos centrais da linha editorial das multiplataformas, traduzindo o conhecimento científico para a população.

“Qualquer veículo de comunicação tem uma missão primordial de ter acesso ao conhecimento acadêmico e ter a competência de traduzi-lo de forma palatável para que todo e qualquer nível de entendimento da população possa alcançá-lo e entendê-lo. Eu sempre digo que o grande desafio do conhecimento acadêmico é exatamente essa tradução da tecnicidade para aquela comunicação coloquial que todo mundo entenda. Eu acho que essa é uma missão nossa e que nós já estamos desenvolvendo e vamos aprofundá-la”, afirmou.

Durante a reunião, ele acrescentou que o grupo, que já divulga produções amazônicas em conteúdos especiais como o Liberal Amazon e o Lib Talks – Cidades Sustentáveis e Resilientes, parte da programação da COP 30, pretende ampliar ainda mais seu compromisso com a divulgação da Amazônia em 2026.

“Já tivemos reuniões de planejamento exaustivas esse ano. Construímos plataformas de comunicação, que eu estou chamando de plataformas de comunicação omnichannel, ou seja, para todos os canais e 360 graus. Isso é, que contemple exatamente todos os eixos da comunicação. Inclusive, uma dessas principais plataformas que serão lançadas exatamente para comunicar a Amazônia, as pautas amazônicas, principalmente bioeconomia e sustentabilidade, é um projeto denominado Amazônia Viva”, explicou.

O embaixador e membro do conselho consultivo da Unamaz, Carlos Lazary, também esteve presente na reunião e destacou a importância da produção científica e da divulgação para fortalecer a soberania da Amazônia.

“Trata-se de aprofundar a cooperação e concretizar a gestão do conhecimento, especialmente entre os países amazônicos, esse é o eixo central. Não existe gestão do conhecimento sem as universidades. É uma forma de mostrar ao mundo que a Amazônia também produz no mesmo nível de inteligência. Esse é um slogan importante, extraordinário, simples e direto, que expressa a essência dessa visão soberana que permanece”, contou.

Unamaz na COP

Presente na greenzone da COP 30, no Parque da Cidade, a Unamaz vem compartilhando conhecimentos produzidos na Amazônia por meio de palestras e demonstrações. Segundo a secretária executiva da instituição, Nazaré Imbiriba, acordos importantes já foram firmados ao longo do evento.

“Nossa pavilhão na COP é muito bom, com uma programação intensa. Já recebemos o ministro da Educação, recebemos o ministro da Agricultura, assinamos um memorando de entendimento, uma carta de intenções com a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Acho que isso é um ponto fundamental, porque os presidentes da república dos oito países amazônicos — Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Venezuela, Suriname — saudaram a reativação da Unamaz”, disse.

A empresa BioTec Amazônia, que desenvolve pesquisas no Parque de Ciência e Tecnologia do Guamá, também participa do estande da Unamaz, apresentando estudos com potencial de impactar o futuro da biotecnologia e da sustentabilidade. Durante a reunião com o Grupo Liberal, o diretor de articulação da empresa, Sérgio Alves, ressaltou a importância da parceria entre as universidades e o setor privado.

“A gente tenta aproximar os dois, que muitas vezes a universidade faz uma coisa e as empresas fazem outra, mas precisam se conectar. Estamos há dez anos tentando fazer essa aproximação, gerar respostas para o que a universidade está precisando. Temos, por exemplo, duas estratégias para o combate ao desmatamento, que é um grande assunto da COP, e que tem dois grandes motores: pecuária ilegal e garimpos. Então, temos dois grandes projetos que ajudam no monitoramento tanto do gado quanto do ouro, para saber a origem e para onde está indo. É isso que a gente está fazendo, estamos mostrando nosso trabalho na COP, muita gente está indo lá”, afirmou.

COPnoma

Ainda durante a reunião, o professor e diretor técnico-científico da BioTec, Artur da Silva, apresentou o COPnoma, um programa de monitoramento que analisa genes de resistência a antibióticos e presença de vírus que podem ter sido trazidos pelos turistas que vieram para a Conferência.

“É uma ferramenta essencial para avaliar a qualidade de vida da população, sobretudo em um cenário com menos de 5% de esgoto tratado. O projeto, apoiado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana da Saúde, utiliza protocolos internacionais desenvolvidos em parceria com pesquisadores da Inglaterra e alinhados à OMS, empregados pela primeira vez no Brasil. Durante a COP 30, o monitoramento ganhou destaque por permitir comparar a situação antes, durante e depois do evento, identificando possíveis patógenos, resistências e novos vírus trazidos pelas cerca de 50 mil pessoas de diferentes países. Segundo os pesquisadores, essa metodologia pode ser aplicada em qualquer cidade que receba grandes eventos e oferece um nível de segurança epidemiológica inédito no país”, explicou.