Participantes avaliam desempenho da COP 30 no último dia do evento
Experiência mistura afeto dos locais e movimentações de um grande evento
Participantes de diferentes regiões falaram ao Grupo Liberal sobre suas experiências com as atividades da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Foram muitas nacionalidades e vivências singulares unidas para negociar, debater e questionar a agenda climática discutida no evento. Entre as características da cidade e dessa participação, os entrevistados enfatizam que fica é a sensação de serem recebidos de “braços abertos”.
O ativista suíço Jonas Huellstrung esteve na maior parte das atividades representando a Swiss Youth for Climate, organização não-governamental, e admite que no começo estava um pouco desnorteado com a conferência, devido à quantidade expressiva de coisas acontecendo. Mas, após conseguir se organizar, ficou fascinado com tudo que viu, como cultura, trocas de experiências e debates.
Huellstrung explica que esperava mais avanços em torno das negociações, mas leva da capital paraense boas lembranças, aprendizados e nova amizades que fez nesses onze dias de evento. As suas esperanças são de que até o fechamento oficial do acordo final, as metas e os planos traçados sejam mais satisfatórios para a preservação do planeta.
“Mesmo as coisas não indo como esperávamos até agora, decisões ainda precisam ser tomadas e os resultados até agora não são tão ambiciosos como nós, ativistas, estávamos esperando. Mas, para mim, tem sido uma experiência muito interessante e de aprendizado, fiz muitos conhecidos, tantas pessoas interessantes que me ensinaram muito e realmente espero que tenhamos resultados ambiciosos hoje”, afirma o ativista.
Ele também não deixou de declarar seu carinho pela cidade de Belém e pelos belenenses, que, segundo o visitante, conseguiram tornar a experiência única e divertida. “Eu gostei muito de Belém, a cidade tem um formato muito legal, e as pessoas são muito, muito legais, todo mundo com quem eu falei e passei tempo nos eventos pela cidade. Eu tive uma experiência muito incrível”, acrescenta.
As jornalistas Graziele Bezerra e Jusciane Matos, vieram a Belém cobrir o encontro climático pelo Canal Gov e, embora compartilhem experiências diferentes sobre Belém, as duas concordam que o acolhimento foi a principal sensação durante a estadia. Para Matos a vinda marcou a descoberta da cultura local, na sua primeira vez pela capital paraense.
“Essa é a minha primeira vez em Belém e a terceira vez cobrindo um grande evento aqui no Brasil e Belém surpreendeu a gente de uma forma muito positiva, é uma cidade muito acolhedora, com um povo muito querido e que acolheu a gente de braços abertos”, destaca a jornalista.
Ela afirma que a organização da conferência conseguiu alcançar um nível satisfatório de organização e estrutura. “Internet funcionando bem, água para todo mundo, um ambiente climatizado”, lista sobre o espaço. Matos acredita que as pessoas vão sair daqui do Brasil e de Belém, tendo “uma impressão muito positiva do coração da Amazônia”.
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A jornalista Graziele, voltou a cidade pela terceira vez e ainda assim descreve esta nova visita, dessa vez, motivada pela COP 30, como “única”. Nessa oportunidade, a sensação de rever Belém se misturou com a ansiedade de cobrir um evento dessa proporção pela primeira vez.
“É a minha primeira conferência sobre o clima, que eu acompanho como repórter e repórter de TV também, então é uma experiência única. E, em Belém, a sensação que a gente tem é de ela que está sempre de braços abertos para nós. Por isso, além de trabalhar, a gente tem convivido com esse pessoal daqui que é acolhedor e foi uma experiência ótima que eu vou levar para vida”, enfatiza.