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‘Estamos aqui para que o mundo veja a realidade de nossos povos’, afirma Sonia Guajajara

Em entrevista exclusiva, ministra dos Povos Indígenas destacou articulação e presença histórica dos povos indígenas no evento global sobre mudanças climáticas.

Jéssica Nascimento

Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), os povos indígenas brasileiros marcaram presença de forma significativa, com mais de 3 mil indígenas alojados na Aldeia COP e 360 credenciados para a Zona Azul - conhecida como Blue Zone. Em entrevista exclusiva ao Grupo Liberal, a ministra Sonia Guajajara destacou a organização e o impacto das ações realizadas para garantir a participação indígena neste momento crucial para o futuro do planeta.


“A participação dos povos indígenas na COP 30 foi fruto de muita articulação e preparação. O Ministério dos Povos Indígenas realizou a iniciativa Ciclo COParente, com debates e formações em todos os biomas brasileiros. Queremos que as vozes indígenas sejam ouvidas em um momento como esse”, afirmou Sonia Guajajara.

Ela ressaltou a importância de incluir todas as regiões do Brasil na discussão.

“Proteger a Amazônia é fundamental, mas precisamos também falar sobre o Cerrado, a Mata Atlântica, o Pantanal, o Pampa e a Caatinga, que estão sendo igualmente explorados e destruídos”, explicou.

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A ministra também destacou a criação da Aldeia COP, que não é apenas um alojamento, mas um espaço de fortalecimento cultural e espiritual para os indígenas: 

“Aqui, temos um local para fortalecer nossas culturas e nossas tradições, enquanto também recebemos indígenas de outros países. A Aldeia COP é um lugar de diálogo e de troca de saberes, um símbolo da nossa resistência e contribuição para a preservação do planeta."

Com a presença de aproximadamente 5 mil indígenas em Belém, Guajajara sublinhou a importância de dar visibilidade à luta indígena. "Estamos aqui para que o mundo veja a realidade de nossos povos e a urgência de proteger nossos territórios diante da crise climática”, disse.