Acordo entre BNDES, Marinha e Cemaden prevê R$ 100 milhões em estudos sobre prevenção de desastres
A parceria pretende criar uma rede integrada com instituições de pesquisa e defesa civil para reduzir riscos de desastres
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a destinação de R$ 100 milhões para a realização de estudos que subsidiarão a criação de um plano nacional de enfrentamento a desastres naturais. A medida resulta de um protocolo de intenções assinado na última sexta-feira (7), em Belém, entre o BNDES, a Marinha do Brasil e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), com o objetivo de fortalecer a cooperação na redução de riscos de desastres.
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A cerimônia ocorreu a bordo do navio Atlântico, ancorado no porto da capital paraense, que servirá como base logística das Forças Armadas durante a COP 30. O evento também homenageou Pedro Teixeira, militar português do período colonial. Participaram o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen; a diretora do Cemaden, Regina Célia Alvalá; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
Mercadante destacou que o aumento da frequência e intensidade de desastres exige preparo para resposta e reconstrução. “Estamos tendo desastres extremos cada vez mais frequentes e intensos (...). Temos que nos preparar para salvar vidas em primeiro lugar e recuperar as estruturas, as comunicações, a economia”, afirmou.
Segundo ele, o plano nacional deve ser concluído até outubro do próximo ano, com base nos estudos financiados. “O Estado tem que chegar com ciência e pesquisa (...). Precisamos estudar as áreas mais críticas”, completou.
O protocolo prevê que a Marinha contribuirá com sua experiência operacional e estrutura expedicionária; o Cemaden, com sua capacidade de monitoramento e modelagem de dados; e o BNDES, com apoio técnico e financeiro. As instituições pretendem formar uma rede de cooperação que poderá incluir centros de pesquisa, especialistas e representantes do setor produtivo.
“O acordo reforça o compromisso do país com o fortalecimento da resiliência nacional diante dos eventos climáticos extremos”, disse o comandante Marcos Sampaio Olsen.
A ministra Luciana Santos destacou que ‘as mudanças climáticas tornam as chuvas mais intensas e as enchentes mais frequentes’, e defendeu a importância da pesquisa e do conhecimento aplicado. Já Regina Célia Alvalá afirmou que o Cemaden ‘é capaz de emitir alertas com antecedência” e que a parceria visa “salvaguardar vidas e reduzir os impactos ambientais’;
O protocolo também contribui para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU e reforça o compromisso do Brasil com o Marco de Sendai, voltado à prevenção e redução de riscos de desastres.
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