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ZILDINHA SEQUEIRA

Zildinha Sequeira é psicoterapeuta individual e familiar. Este é um espaço para se refletir sobre a vida.

Eu ando muito esquecida

Zildinha Sequeira

Onde deixei a chave do meu carro? Cadê meus óculos? Alguém viu a minha carteira? Como é mesmo o nome daquele filme? O que era mesmo que eu ia fazer aqui no quarto? Não consigo lembrar o nome da mulher do João. Se você se reconhece nesse padrão de esquecimentos e você tem mais de 60 anos, saiba que isso pode ser comum acontecer; quando alguém tem consciência de seus esquecimentos, isso não representa nenhum problema sério de memória, são esquecimentos temporários e representam uma característica natural com o passar dos anos, porém, passa a ser preocupante quando a pessoa não admite que esteja esquecendo-se das coisas.

As pessoas até brincam quando percebem que estão ficando muito esquecidas, dizendo que “o alemão quer me pegar”, numa alusão clara à doença de Alzheimer, descrita em 1906 pelo Psiquiatra e Neuropatologista alemão Alois Alzheimer. O primeiro indício de que a pessoa pode estar desenvolvendo algum tipo de demência (uma classe de doença com mais de 150 tipos diferentes, incluindo o Alzheimer) é a negação do esquecimento. Quando a pessoa está desenvolvendo um quadro de Alzheimer, o que chama mais a atenção são os problemas de memória e a dificuldade de adquirir novos conhecimentos, além de desorientação, de lentidão nas respostas...

Na doença de Alzheime há uma perda real e irrecuperável de células nervosas, sendo que a principal parte do cérebro afetada é o Hipocampo (responsável por guardar as informações novas), por isso a pessoa consegue lembrar-se de coisas acontecidas há anos, mas não consegue lembrar o que comeu ontem. É muito triste você ver alguém que você ama se desconectar da realidade da vida de forma rápida e precoce (11,5% da população idosa do país sofre de Alzheimer), o que não acontece com o envelhecimento natural em que as perdas acontecem de forma mais lenta e discreta.

Não só os idosos, pessoas com mais de 60 anos, se queixam de esquecimentos: muitos adultos jovens reclamam que se sentem muito estressados, cansados, com dificuldades de concentração, dor de cabeça e com dificuldades de lembrar-se das coisas. Possivelmente, isso se dá em função do excesso de informações provocadas pelo avanço da tecnologia; a sobrecarga de informações diárias com que lidamos é muito grande e, tudo está a nosso dispor nos nossos smartphones, que carregamos para todos os lugares (algumas pessoas não conseguem nem ir ao banheiro sem estar acessando o celular).

Em qualquer circunstância ou idade, precisamos dar um descanso para o nosso cérebro. Aí vão algumas dicas: deixe o celular fora do seu alcance por um tempo e exercite o silêncio, respirando lentamente; realize atividades prazerosas que ajudem a distrair seu pensamento como ouvir música, dançar, cuidar das plantas, cozinhar, arrumar seus objetos pessoais, ler um livro; garanta boas horas de sono e uma alimentação balanceada; relaxe: pratique yoga, meditação, respiração, pilates; conviva com o meio ambiente; mantenha seu espaço arrumado e procure deixar os objetos menores sempre no mesmo lugar; pratique exercícios físicos regularmente e evite a convivência com pessoas tóxicas. Procurar ter qualidade de vida deve ser nosso objetivo, sempre!

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Zildinha Sequeira
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