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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Vitórias de Lira e Pacheco devem dar tranquilidade, mesmo que temporária, a Jair Bolsonaro

Rodolfo Marques

As vitórias do deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente, para os comandos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para o biênio 2021-2022, eram absolutamente esperadas. Lira teve 302 dos 513 votos aptos, enquanto Pacheco venceu a eleição com 57 dos 81 votos.

Em ambas as Casas Legislativas, a tendência é que o Governo Bolsonaro tenha uma certa tranquilidade para encaminhar seus pleitos. Na Câmara, Arthur Lira representa a vitória do “Centrão” – em especial do grupo chamado de “Baixo Clero”. Lira, que sempre teve relação próxima com o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB-RJ), conseguiu reforçar suas bases no Legislativo e se tornou o preferido de Bolsonaro para agilizar a agenda de reformas e, principalmente, evitar o andamento de qualquer processo de impeachment do presidente da República na Casa.

A vitória de Lira gerou um “racha” no Democratas, gerando desconforto, principalmente, com o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Ele viu o esvaziamento da candidatura de seu aliado, Baleia Rossi (MDB-SP), e o protagonismo do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM-BA), em especial nas negociações diretas com o Planalto. ACM Neto saiu mais prestigiado do processo, enquanto que Maia flerta com a possibilidade, inclusive, de deixar a legenda e migrar, com seus aliados, para outra agremiação partidária. Já no início da sua gestão como presidente da Câmara, Arthur Lira gerou muita polêmica a respeito de acordos que foram revistos e sobre a formação da Mesa Diretora da Casa, já mostrando que serão dois anos com muitas tensões e conflitos.

No Senado, Rodrigo Pacheco, que teve o apoio tanto dos parlamentares bolsonaristas como de senadores do PT e de outros grupos de esquerda, deve pautar, a priori, sua gestão como um político moderado, mais ao seu perfil. Pacheco tem grandes aspirações em relação ao pleito eleitoral de 2022, no estado de Minas Gerais. O ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), saiu fortalecido do processo sucessório, inclusive com a possibilidade de ocupar algum alto cargo no governo federal.

Virada a página das eleições das Mesas Diretoras das Casas Legislativas, os olhares do país se voltam para o acompanhamento dos processos de vacinação contra covid-19 no Brasil. Segundo os dados oficiais, até esta sexta-feira (5), cerca de milhões de brasileiros já haviam recebido a primeira dose da imunização. O processo continua muito lento e, de certa forma, disperso, tendo como causa principal a falta de assertividade do Ministério da Saúde em conduzir o processo e tratar a temática com assunto que ele merece.

Aguardemos os próximos passos.

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