Mortes de indigenista e de jornalista comovem o Brasil e reforçam discussões na Amazônia Rodolfo Marques 17.06.22 18h00 Os assassinatos do indigenista brasileiro Bruno Araújo e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos no estado do Amazonas, no mês de junho, evidenciam a grande tragédia que envolve os defensores da preservação ambiental e da causa indígena, na região amazônica. Os familiares das duas vítimas clamam por justiça e mobilizam outros grupos que têm bandeiras similares às de Bruno e Phillips. A esposa do brasileiro, a antropóloga Beatriz Matos, disse que os espíritos de ambos “estão passeando na floresta”, como em “continuidade” (aspas nossas) ao trabalho em prol da Amazônia e contra a pesca irregular, o garimpo ilegal e a destruição da floresta. O triste episódio teve repercussão nacional e internacional. No campo político, os pré-candidatos à presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva, do PT, e Ciro Gomes, do PDT, lamentaram os assassinatos e reforçaram as causas defendidas por Bruno e por Phillips. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o deputado federal Marcelo Ramos (PSD-AM) e a líder indígena e coordenadora executiva do Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Sonia Guajajara, destacaram a necessidade de esclarecimentos a respeito do crime em si e da identificação dos mandantes dos assassinatos. Em várias das manifestações, na mídia nacional e, principalmente, nos veículos internacionais, questionou-se muito a ação do governo federal para o combate à violência no país, assim como a demora para que os órgãos ligados ao governo brasileiro agissem nas investigações do ocorrido. Os dois desapareceram em 5 de junho de 2022. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), teceu vários comentários desencontrados e confusos a respeito do assunto. Em um primeiro momento, destacou que Bruno e Phillips corriam riscos na região e que deveriam ter tido mais cuidado e atenção. Posteriormente, Bolsonaro afirmou que o jornalista estrangeiro não era bem visto por alguns grupos. Por fim, Bolsonaro praticamente isentou o governo federal de qualquer responsabilidade sobre a segurança na região e em relação à livre manifestação das diferentes visões dos vários atores políticos da Amazônia. Dessa forma, em mais um lamentável episódio de violência no país, espera-se que haja uma investigação rápida e eficiente para a identificação dos mandantes do crime e que, ao mesmo tempo, desenvolva-se uma discussão para que todas as causas existentes na região amazônica tenham respaldo nos âmbitos da liberdade e da segurança pública. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques bruno pereira e dom phillips COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES análise política Lula lidera cenário para 2026 e oposição segue fragmentada, mostram pesquisas 08.04.25 19h51 Rodolfo Marques Corrêa do Lago liderará COP-30 em meio à crise climática 28.02.25 8h00 Rodolfo Marques Primeiros 50 dias do prefeito Igor Normando em Belém: avanços, dificuldades e desafios 21.02.25 17h00 Rodolfo Marques “Crise do Pix” e os desafios do governo Lula III em um novo cenário político-eleitoral 17.01.25 23h01