Julgamento de Bolsonaro no STF: impactos políticos e da denúncia por tentativa de golpe Rodolfo Marques 14.03.25 17h00 O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para o dia 25 de março de 2025 o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e outros sete acusados, incluindo ex-ministros de seu governo, por participação em planejamento de atos preparatórios para uma tentativa de golpe de Estado, após as eleições presidenciais de outubro de 2022. A denúncia, formulada pelo procurador-geral Paulo Gonet, acusa Bolsonaro e alguns seus aliados de pensarem um plano para destruir a ordem democrática e impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP). As acusações incluem conspiração para abolição do Estado de Direito e associação criminosa armada. Este julgamento possui efetivas implicações políticas e eleitorais. Bolsonaro já foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023, em dois processos, devido a abuso de poder político e econômico. Uma eventual condenação no STF pode resultar em pena de reclusão, afetando de forma substantiva o cenário político brasileiro e a reorganização das forças conservadoras para as próximas eleições. A importância institucional deste julgamento é inegável. Ele reafirma o compromisso das instituições brasileiras com a defesa da democracia e da ordem constitucional. Ao assegurar que figuras públicas de alto escalão sejam responsabilizadas por suas ações, o STF fortalece o Estado Democrático de Direito e envia uma mensagem clara contra quaisquer tentativas de subversão democrática. A responsabilização de Bolsonaro e de seus ex-ministros, caso seja comprovada sua culpa, consolidará a força das instituições brasileiras e servirá como um marco na defesa da democracia. A transparência e o rigor processual são cruciais para evitar alegações de perseguição política e assegurar que a justiça seja efetivamente cumprida. Os movimentos de subversão articulados entre 2022 e 2023 representam, pois, uma afronta direta à democracia brasileira e ao Estado de Direito. A gravidade dessas acusações evidencia não apenas o desprezo de determinadas figuras pelo resultado eleitoral, mas também a disposição em fragilizar as instituições para se manterem no poder. Uma eventual impunidade abriria precedentes perigosos para futuras investidas autoritárias, enfraquecendo a confiança da sociedade nas regras democráticas. Esse julgamento não é apenas sobre o passado recente, mas sobre o futuro do país e a necessidade de barrar qualquer ameaça autoritária que possa comprometer as liberdades e os direitos fundamentais da população. O Brasil completa 40 anos de redemocratização em 2025 (após 21 anos de período autoritário militar) e precisa seguir em frente, aperfeiçoando processos e amadurecendo instituições. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas Rodolfo Marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Desgaste recorde e desaprovação acendem alerta no Planalto sobre futuro de Lula 10.06.25 16h15 Rodolfo Marques Marina Silva enfrenta machismo no Senado e reforça luta por democracia e sustentabilidade 03.06.25 14h00 Rodolfo Marques Ao mestre, com carinho: a imensa herança de Roberto Ribeiro Corrêa 27.05.25 15h35 Rodolfo Marques A expansão da bancada paraense: representatividade ou peso extra no orçamento? 09.05.25 17h00