Eleições 2022: Lula vence e começa a desenhar o seu próximo governo Rodolfo Marques 04.11.22 18h29 Encerrado o pleito presidencial de 2022, com a vitória do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), com o total de 60.345.999 votos – ou 50,9% dos votos válidos –, emergem algumas questões importantes para serem tratadas neste momento de transição e para o início do mandato, em 01 de janeiro de 2023. Com os dispositivos da Lei 10.609/2002 e do Decreto 7.221/2010, o presidente eleito começou a montar a sua equipe de transição, sob a liderança de Geraldo Alckmin (PSB) e apoio do ex-ministro Aloizio Mercadante e da presidente nacional do PT, a deputada federal reeleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann. Pelo governo atual, o nome da referência é o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI). No seu governo, Lula terá o desafio importante de montar a sua base de apoio dentro do Congresso Nacional. E é bem provável que ele consiga êxito, não somente pelo fato de haver vários deputados eleitos pela federação PT-PCdoB-PV (80), como também pelas negociações já iniciadas com parlamentares do Partido Liberal (PL), do União Brasil (UB) e do Progressistas (PP). A tendência é que, nas pautas principais, o governo Lula tenha maioria na Câmara dos Deputados. No Senado, o caminho pode ser um pouco mais tortuoso, a partir dos resultados de 02 de outubro, mas também é possível constituir maioria nesta Casa. É importante lembrar as disputas pelas presidências da Câmara e do Senado, em 01 de fevereiro de 2022, com as tentativas de recondução do Deputado Arthur Lira (PP-AL) e do Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), respectivamente. A pauta do “orçamento secreto” também ganhará protagonismo nas discussões. Está em aberto, também, o processo de escolhas dos ministros do governo eleito. Nomes como os do ex-prefeito de São Paulo-SP, Fernando Haddad, da senadora Simone Tebet (MDB-MS), do ex-governador do Maranhão e senador eleito, Flávio Dino (PSB-MA), do ex-ministro e presidente do Banco Central, e do ex-governador de São Paulo, Márcio França, são alguns que surgem com algum destaque. Lula deverá alternar escolhas políticas com decisões técnicas, para poder ampliar a questão da representatividade e reforçar o diálogo com os partidos. Já nos contextos econômico e fiscal, o novo governo buscará o equilíbrio das contas públicas, com a manutenção – e ampliação – dos programas sociais. O Auxílio-Brasil, que voltará a se chamar Bolsa-Família, deve continuar no valor de R$ 600,00, a partir de ajustes no Orçamento de 2023. O ex-presidente do Banco Central e cotado para ser o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destacou, em entrevista à Globo News, o fato de que o governo Bolsonaro deixa um rombo estimado de R$ 400 bilhões nas contas públicas. Entre desafios e ajustes, o governo de Lula está cercado de expectativas e precisará lidar com oposições em vários níveis – inclusive das várias alas do bolsonarismo. Ele tem a experiência dos dois governos anteriores (2003-2006 e 2007-2010) e o suporte popular da maioria do eleitorado. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09