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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Disputa pelo Palácio Antônio Lemos deve ser acirrada: três pré-candidatos despontam como favoritos

Rodolfo Marques

Neste mês de outubro, eleitores dos mais de 5.500 municípios brasileiros irão às urnas eletrônicas para escolhes seus(suas) prefeitos(as) e vereadores(as). As eleições municipais costumam mobilizar a população por trazer à tona as demandas específicas das cidades, como saúde pública, educação, saneamento básico, transporte coletivo, mobilidade urbana e outras demandas cotidianas.

    No caso do estado do Pará, 3 dos 144 municípios poderão ter a decisão para as prefeituras em dois turnos – por terem mais de 200 mil eleitores e no caso eventual de nenhum dos candidatos ao executivo municipal obtiver 50% + 1 dos votos válidos: Belém, Ananindeua, Santarém. Parauapebas e Marabá já tem mais de 200 mil eleitores registrados, mas, em maio, será confirmado se eles poderão, com a atualização dos dados oficiais. 

    Obviamente, por ser a capital do Pará; pelo tamanho da população e do eleitorado; por ser a sede da COP-30, em novembro de 2025; e pela grande visibilidade, Belém é o colégio eleitoral que mais chamará a atenção no pleito deste ano.

    As candidaturas serão oficializadas entre os meses de junho e de julho, mas as pré-campanhas indicam, por ora, oito nomes que concorrerão à titularidade do Palácio Antonio Lemos a partir de 01º de janeiro de 2025.

    O atual prefeito, Edmilson Rodrigues (Psol), deve ser um desses nomes – buscando, em nova reeleição, o seu quatro mandato no comando de Belém (foi prefeito entre 1997 e 2000 e entre 2001 e 2004, com o atual mandado iniciado em 2021). Os investimentos recentes nas pautas da coleta de lixo, do saneamento básico e na melhoria dos transportes coletivos urbanos podem aumentar a avaliação positiva do Edmilson, que enfrentou várias dificuldades nos três primeiros anos da atual gestão. Por ora, o pré-candidato do Psol já teve apoios declarados do PT e do PDT   – e tem como trunfo uma possível presença do presidente Lula (PT) em seu palanque eleitoral. 

    O deputado federal e delegado de Polícia Civil Éder Mauro (PL) está em seu terceiro mandato na Câmara e é o principal aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado do Pará. Éder foi candidato à prefeitura de Belém em 2016 e vem de votações expressivas nas eleições de 2018 e 2022. Nos mesmos pleitos, aliás, quando das eleições presidenciais, Jair Bolsonaro foi o vitorioso na capital paraense, indicando uma certa tendência do perfil de parte do eleitorado belemense. Éder Mauro é o potencial candidato da direita e da extrema-direita no pleito municipal. Existe, também, uma possibilidade de o candidato ser Rogério Barra, deputado estadual pelo PL e filho de Éder Mauro.   

    O deputado estadual e atual Secretário Estadual de Articulação pela Cidadania, Igor Normando, recém-filiado ao MDB, emerge como pré-candidato à prefeitura, como o candidato escolhido pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). A principal vitrine para Normando é o projeto “Usinas da Paz”, coordenado por ele e que tem como público-alvo as populações vulneráveis que são atendidas por prestação de serviços de promoção à cidadania. Com a possibilidade de nova polarização entre lulistas e bolsonaristas, o pré-candidato emedebista deve focar na busca de eleitores mais ao centro político – e surfar na popularidade de seu principal cabo eleitoral – o governador do estado. Os atuais Secretários de Estado Úrsula Vidal (União Brasil-PA) e Cássio Andrade (PSB), que respondem pelas pastas da Cultura e dos Esportes e Lazer, respectivamente, devem participar ativamente da campanha. Úrsula tende a ser candidata a vice e Cássio, como coordenador do projeto de Normando à PMB. 

    Outras três pré-candidaturas que vêm se desenhando são as do deputado estadual Thiago Araújo (Republicanos), do comunicador Jefferson Lima (Podemos) e do delegado federal Everaldo Eguchi (PRTB). Os três já concorreram anteriormente ao cargo de prefeito de Belém.

Thiago Araújo está no seu terceiro mandato como deputado estadual, foi vereador de Belém por dois anos e se candidatou à prefeitura da capital em 2020, à época, pelo Cidadania. 

Também em 2020, Everaldo Eguchi, então no Patriota, disputou o pleito municipal, avançou ao segundo turno e perdeu por uma margem bem pequena para Edmilson Rodrigues.

    Já Jefferson Lima foi candidato à PMB, pelo Progressistas, em 2012, ocasião em que ficou na terceira colocação, atrás de Zenaldo Coutinho (PSDB) e de Edmilson Rodrigues. Também disputou outros pleitos, como candidato a vereador de Belém em 2008; ao Senado Federal, em 2014; à prefeitura de Ananindeua, em 2016 e a deputado estadual, em 2018. 

    Também figuram como pré-candidatos à prefeitura de Belém Wellingta Macêdo (PSTU) e Ítalo Abati (Novo). Ambos têm buscado mobilização em eventos públicos e nas plataformas digitais. 

    Há uma tendência de uma eleição municipal extremamente acirrada em Belém em 2024. O vencedor – ou vencedora –, após o resultado das urnas eletrônicas, terá o desafio de enfrentar de forma assertiva os (muitos) problemas da cidade e conduzir a quadricentenária Belém no maior evento mundial no âmbito ambiental – a COP-30.

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