Crise institucional brasileira se amplia. Atos e falas de Bolsonaro prejudicam o país Rodolfo Marques 06.08.21 17h15 O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), tem lidado muito mal com a sua popularidade em baixa e com os avanços da CPI da Covid-19. Além disso, o negacionismo do governo e a gestão desastrosa da pandemia levaram o Brasil a mais de 560 mil mortos em quase 17 meses de crise sanitária, sendo o segundo país com mais óbitos causados pelo novo coronavírus. Mantendo seu olhar exclusivo para as eleições de 2022, nas quais buscará se reeleição, Bolsonaro continua com o objetivo de controlar a pauta e vem desferindo ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial a Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. No caso do ministro Barroso, Bolsonaro prossegue questionando a credibilidade das urnas eletrônicas e dos processos eleitorais brasileiros. Nesse sentido, defende a aplicação do voto impresso e auditável, embora os 25 anos de votação eletrônica no Brasil tenham se mostrado um grande sucesso. No dia 04 de agosto, empresários, entidades da sociedade civil e lideranças políticas e religiosas tornaram público um manifesto em apoio ao sistema eleitoral brasileiro, defendendo a realização das eleições. O texto foi divulgado quase simultaneamente ao momento em que o STF incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news por suas agressões verbais às urnas eletrônicas. Nessa quinta-feira (05.08.2021), e em resposta a esses ataques institucionais de Jair Bolsonaro, o presidente do STF, ministro Luiz Fux, anunciou o cancelamento de um encontro que haveria entre os chefes dos Poderes Executivo e Legislativo e Judiciário, previamente combinado no mês de julho. Com um discurso muito mais contundente do que o usual, o chefe da Suprema Corte ressaltou a necessidade do respeito entre as instituições e seus integrantes, disse que Bolsonaro não cumpre a própria palavra e, mesmo que indiretamente, criticou a ameaça do presidente da República “de usar armas fora das quatro linhas da Constituição”. Em relação ao Congresso Nacional, por ora, a despeito da crise institucional cada vez mais evidente, há uma postura silente por parte do presidente do Senado Federal, Senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Federal Arthur Lira (PP-AL). Em um cenário de crise sistêmica, maximizada pela situação sanitária (a variante delta do novo coronavírus já se faz presente no país), e com uma situação econômica mais vulnerabilizada, o país é prejudicado diariamente pela condução de seus rumos por parte de Jair Bolsonaro. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Flávio Bolsonaro em cena: sucessão sem projeto e a direita fragmentada 15.12.25 17h00 Bolsonaro preso por golpismo: o encarceramento que reconfigura a direita brasileira 27.11.25 14h14 Belém 2.0 ou Belém da 'Belle COP'? O legado real da COP30 na Amazônia 25.11.25 17h00 Rodolfo Marques COP30 em Belém: vitória simbólica ou promessa adiada? 24.11.25 13h29