RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Casa Civil é esvaziada e Educação continua gerando problemas; ponte da alça viária é reinaugurada

Rodolfo Marques

O cenário político brasileiro continua a se apresentar com sintomas de instabilidade, pelas incertezas causadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido-RJ), pelos filhos dele e pelo seu núcleo político do governo. A despeito de a oposição política a seu governo ter efeito quase nulo, Bolsonaro demora a tomar decisões importantes e não consegue conduzir os processos que são necessários de maneira hábil e segura.

Um exemplo desses desacertos em seu governo é a questão da Casa Civil. Incomodado já há algum tempo com o titular da pasta, o ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS), Bolsonaro vem esvaziando as funções do ministério e demitindo alguns auxiliares, por motivos diversos. Há uma tendência de demissão de Lorenzoni ou mesmo que ele seja realocado em outra função. Bolsonaro continua com sua tática de “testar” determinadas mudanças através das mídias e redes sociais, buscando suporte de seu público/eleitor já convertido desde 2018. 

Outro exemplo desses percalços da administração federal são as constantes confusões geradas pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Após os problemas causados na execução do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)/2019, nas matrículas do Sistema de Seleção Unificada (SISU), e na política de distribuição de bolsas do Programa Universidade para Todos (ProUni), Weintraub passou a entrar em confronto mais direto com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e a continuar em sua “guerra cultural” contra “comunistas” e opositores ao atual governo, em especial através das redes sociais. O ministro demonstra, reiteradamente, que não tem quaisquer condições de estar em uma pasta tão importante. 

Em nível estadual, o governador Helder Barbalho (MDB-PA) inaugurou, na sexta-feira (31.01.2020), a nova ponte Rio Moju, no complexo Alça Viária. A entrega do espaço, fundamental para o aspecto econômico do Pará, aconteceu após nove meses de ter ocorrido um grave acidente na área, em que um dos pilares da ponte foi atingido por uma balsa clandestina. Foi uma resposta importante que o governo deu para a questão, buscando o reforço do slogan da campanha eleitoral de Barbalho, em 2018 – “Helder Presente”. E, ainda no contexto das questões políticas, o governo continua na batalha para agilizar a implantação da Reforma da Previdência no âmbito estadual, mudando, entre outras coisas, a contribuição mensal dos servidores do Pará de 11% para 14% dos seus respectivos salários. 

Novos embates políticos devem continuar a ocorrer, mas a sociedade precisa de respostas incisivas – e definitivas – para a resolução de suas demandas mais emergenciais, como saúde, educação e segurança pública. O sistema de freios e contrapesos na gestão deve prevalecer, em especial na premissa do equilíbrio no atendimento das demandas sociais. 

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Rodolfo Marques
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