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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Brasil perde vidas para a Covid-19. Pará luta contra pandemia. Crise política ronda o Planalto

Rodolfo Marques

O Brasil continua “batendo recordes” negativos no combate à expansão da Covid-19. O país ultrapassou a marca de 12.400 mortos na segunda semana de maio e nada indica que o pico de contaminação/óbitos já tenha sido “alcançado”, o que reforça a necessidade de medidas restritivas à circulação de pessoas no território nacional.

Existe muita dificuldade ainda de trabalhadores sem carteira assinada receberem o auxílio emergencial de R$ 600. Além dos problemas de cadastro e das filas enormes em frente às agências bancárias, predomina também a questão da desinformação. A segunda parcela do auxílio também não tem um cronograma definido pelo Ministério da Economia – e o próprio presidente Jair Bolsonaro tem minimizado as dificuldades nos pagamentos. Em declaração a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, nesta quarta-feira (13), Bolsonaro disse que não há falhas do governo, mas erros dos próprios interessados, ou seja, os mais carentes. O programa assistencial, lançado em 7 de abril, foi iniciativa do Congresso Nacional – e muitos trabalhadores têm observado falhas técnicas e de atendimento geral da demanda.

Após muito relutar, e cumprindo decisão judicial, o presidente Jair Bolsonaro entregou seus exames para a Covid-19 – todos negativos – para o Supremo Tribunal Federal (STF). O governo federal continua envolto em crises, geradas pelo próprio chefe do executivo, com a repercussão do depoimento do ministro Sérgio Moro para a Polícia Federal, em Curitiba (02.05.2020) e da reunião do presidente com os ministros (22.04.2020). Bolsonaro pode ter contra si investigações conduzidas pelo STF, caso haja a denúncia formal por parte do Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Discute-se a possibilidade de impeachment nos bastidores de Brasília, mas o presidente ainda dispõe de 1/3 de apoio popular e segue em aproximação com determinados setores do Congresso Nacional – em especial o chamado “Centrão”.

No âmbito regional, o Pará continua em seu calvário, com mais de 900 mortes registradas até esta quarta. Doze cidades já vivem o isolamento social rígido (lockdown), pelo menos até 17 de maio. O governo do Estado conseguiu reaver o dinheiro comprometido com a compra de respiradores da China, através de uma empresa de importação, e deverá fazer nova operação financeira para a aquisição de equipamentos que possam dar suporte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) do Estado.

Causa muita preocupação o fato de o Brasil vivenciar uma instabilidade política no momento em que enfrenta seu pior momento nos últimos 70 anos, com crises sanitária e econômica. O governo federal deveria focar nas ações em parcerias com a comunidade internacional para ampliar as pesquisas sobre medicamentos e futuras vacinas contra a Covid-19 e, no cenário nacional, realizar um programa de auxilio aos estados para combater a crise. Todavia, esse mapa desenhado segue longe de retratar a realidade no Brasil.

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Rodolfo Marques
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