Governador Helder Barbalho busca aumento de sua capilaridade política nacional
O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), já no segundo ano de seu segundo mandato à frente do Executivo Estadual, segue ampliando sua participação política e garimpando capital eleitoral para prováveis voos mais altos.
Mesmo que, aparentemente, ainda seja relativamente “cedo” para projetar as eleições gerais de 2026, em que estarão em disputa a cadeira da presidência da República, dos 27 governos das unidades federativas, 513 vagas na Câmara dos Deputados (17 para o Pará), mais de 1.000 assentos nas Assembleias Legislativas (41 no estado) e 2/3 do Senado (2 vagas no Pará), não há dúvidas de que as movimentações ocorrem em todos os espectros políticos. E, claramente, Helder Barbalho vem organizando suas ações e movimentos, usando muito bem as arenas políticas para aumentar o seu nível de projeção e de reconhecimento.
Não há dúvidas de que as duas principais vitrines para o governador do Pará nessas suas incursões nacionais são o fato de presidir, pelo segundo ano consecutivo, o Consórcio dos estados da Amazônia Legal, e a realização da COP-30, em Belém, programada para novembro de 2025 – Helder foi, ao lado do presidente Lula, o principal artífice dessa conquista.
Para além disso, há toda uma articulação para o fomento do seu nome como um ator político cada vez mais relevante no âmbito federal. No núcleo familiar original, Helder tem o seu pai, Jáder Barbalho (MDB), como Senador da República; sua mãe, Elcione Z. Barbalho (MDB), como deputada federal em mais um mandato; e o seu irmão, Jáder B. Filho (MDB), como ministro das Cidades desde o início do governo Lula, em 2023.
No segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Helder, que já havia sido reeleito para ficar mais quatro anos à frente do governo do Pará, liderou uma série de ações junto ao eleitorado do estado em apoio à candidatura de Lula (PT) – e contra Jair Bolsonaro (PL-RJ). Lula conseguiu, no Pará, abrir quase meio milhão de votos de vantagem contra seu oponente, na disputa mais acirrada para a presidência da República desde a redemocratização.
Dentro de seu partido, Helder vem procurando ampliar seu capital político-eleitoral, buscando espaço ora ocupado por nomes como a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que foi candidata à presidência em 2022; o senador Renan Calheiros, que já foi ministro de estado e presidente do Senado em algumas ocasiões; e o deputado federal Baleia Rossi, presidente nacional da sigla.
Alguns levantamentos recentes realizados aferiram, de certa forma, o atual cacife de Helder para almejar a presidência da República. No final de 2023, o Instituto Paraná Pesquisas decidiu pela inclusão do governador paraense na primeira sondagem a ser feita em fevereiro de 2024, mirando as próximas eleições presidenciais. Lula apareceu em primeiro, com 37,6%, Michelle Bolsonaro (PL), com 23% e Helder, na sétima posição, com 0,9% das intenções de voto.
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