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RODOLFO MARQUES

RODOLFO MARQUES

Rodolfo Silva Marques é professor de Graduação (UNAMA e FEAPA) e de Pós-Graduação Lato Sensu (UNAMA), doutor em Ciência Política (UFRGS), mestre em Ciência Política (UFPA), MBA em Marketing (FGV) e servidor público.

Agenda Pública X Agenda Eleitoral: desafios em um Brasil polarizado

Rodolfo Marques

Com a chegada do mês de maio, na contagem regressiva para as eleições 2022, faltam, efetivamente, cinco meses para o pleito, agendado para os dias 02 de outubro (primeiro turno) e 30 de outubro (segundo turno).

As demandas de maior parte da população estão presentes na agenda pública e deveriam pautar as plataformas de campanha dos dois principais candidatos à presidência da República – Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL).

As questões mais evidentes, no momento, no país, são o desemprego, com taxas superiores a 10% no país, considerando-se a População Economicamente Ativa; a informalidade nas relações trabalhistas; a inflação, que atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março de 2022, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo; e a decorrente fome, cenário com o qual o Brasil voltou a conviver, em especial, a partir de 2019.

O pré-candidato do PT até procura pautar a questão socioeconômica, principalmente quando faz alusão às suas duas gestões como presidente, entre 2003 e 2010, em ações como o PROUNI e a ampliação do Bolsa-Família, por exemplo. Conectar-se com os mais pobres, em geral, é um movimento comum de Lula dentro de sua comunicação política. Todavia, ele “escorregou” em algumas falas públicas, como a manifestação sobre o aborto ou sobre os policiais brasileiros. Causou grande repercussão também, em todos os níveis, a entrevista de capa concedida por Lula à Revista Time, inclusive com a manifestação polêmica sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Por outro lado, Jair Bolsonaro mantém o acirramento da questão eleitoral e suas bases “acesas”, através da sua “máquina digital’, e com a despolitização das questões mais urgentes. O atual presidente prossegue nos ataques às urnas eletrônicas e ao Tribunal Superior Eleitoral, mantém em pauta a questão da “graça” concedida ao deputado Daniel Silveira, do PTB-RJ e, sempre que pode, prioriza a pauta de costumes, reforçando valores conservadores. Os problemas sociais brasileiros acabam ficando em segundo plano.

Em uma democracia representativa, é fundamental que os anseios populares sejam avaliados como prioridades e, dentro de uma gestão pública, ordenar os recursos para o atendimento das principais demandas sociais.

É necessário buscar soluções plausíveis a partir de processos políticos, com a agenda pública sendo mais relevante do que a agenda eleitoral.

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