Agenda Pública X Agenda Eleitoral: desafios em um Brasil polarizado Rodolfo Marques 07.05.22 8h46 Com a chegada do mês de maio, na contagem regressiva para as eleições 2022, faltam, efetivamente, cinco meses para o pleito, agendado para os dias 02 de outubro (primeiro turno) e 30 de outubro (segundo turno). As demandas de maior parte da população estão presentes na agenda pública e deveriam pautar as plataformas de campanha dos dois principais candidatos à presidência da República – Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). As questões mais evidentes, no momento, no país, são o desemprego, com taxas superiores a 10% no país, considerando-se a População Economicamente Ativa; a informalidade nas relações trabalhistas; a inflação, que atingiu 11,3% no acumulado em 12 meses até março de 2022, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo; e a decorrente fome, cenário com o qual o Brasil voltou a conviver, em especial, a partir de 2019. O pré-candidato do PT até procura pautar a questão socioeconômica, principalmente quando faz alusão às suas duas gestões como presidente, entre 2003 e 2010, em ações como o PROUNI e a ampliação do Bolsa-Família, por exemplo. Conectar-se com os mais pobres, em geral, é um movimento comum de Lula dentro de sua comunicação política. Todavia, ele “escorregou” em algumas falas públicas, como a manifestação sobre o aborto ou sobre os policiais brasileiros. Causou grande repercussão também, em todos os níveis, a entrevista de capa concedida por Lula à Revista Time, inclusive com a manifestação polêmica sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia. Por outro lado, Jair Bolsonaro mantém o acirramento da questão eleitoral e suas bases “acesas”, através da sua “máquina digital’, e com a despolitização das questões mais urgentes. O atual presidente prossegue nos ataques às urnas eletrônicas e ao Tribunal Superior Eleitoral, mantém em pauta a questão da “graça” concedida ao deputado Daniel Silveira, do PTB-RJ e, sempre que pode, prioriza a pauta de costumes, reforçando valores conservadores. Os problemas sociais brasileiros acabam ficando em segundo plano. Em uma democracia representativa, é fundamental que os anseios populares sejam avaliados como prioridades e, dentro de uma gestão pública, ordenar os recursos para o atendimento das principais demandas sociais. É necessário buscar soluções plausíveis a partir de processos políticos, com a agenda pública sendo mais relevante do que a agenda eleitoral. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave rodolfo marques agenda pública agenda eleitoral COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente 15.04.24 15h16 Rodolfo Marques 1964-2024: sessenta anos após golpe de Estado, Brasil avança para consolidar sua democracia 01.04.24 8h00 Rodolfo Marques Emmanuel Macron em Belém: relações políticas, acordos econômicos e simbolismos 29.03.24 20h30 Rodolfo Marques Novos movimentos e cartas sendo colocadas à mesa na disputa pela Prefeitura de Belém 11.03.24 14h09