Só nos resta a fé Linomar Bahia 14.10.21 11h30 Vivemos o ápice das manifestações de religiosidade, particularmente dos paraenses, nas profissões de fé e nos louvores à Virgem de Nazaré. Neste domingo, revigoramos os pleitos de todo o sempre e reverenciamos a Santa Padroeira nos incontáveis agradecimentos pelas graças alcançadas. Os tempos e episódios de agora, requerem que continuemos rogando à Mãe de Deus pelas graças e proteção de que tanto precisam o mundo, em geral, e o Brasil e os brasileiros, em especial. Afinal, pelo que se vê e pelo que se ouve, só nos resta perseverar na fé que, como o apóstolo Marcos inseriu no texto bíblico, a propósito de certas situações, é capaz de mover montanhas, entre as quais pedimos sejam incluídas as nossas. Houvesse pesquisa específica, certamente registraria a fartura de acontecimentos internacionais e locais, na transição de setembro último para outubro, em vulto e frustrações de fazer inveja ao agosto, então "mês de desgosto". No caso brasileiro, em pouco ou nada têm se distinguido os demais meses, tamanha é a sucessão de ondas, majoritariamente negativas, surfadas por todos os matizes ideológicas e atividades humanas, no que se destacam as funções públicas e seus ocupantes. Houve muito de praticamente tudo, exibindo pecados e pecadores, em debates e pronunciamentos em níveis tão baixos e constrangedores, que deveriam ser deletados de quaisquer arquivos minimamente respeitáveis para consulta. Tivemos mais de seis horas de pane nas redes sociais, produzindo bilhões de dólares de prejuízos universais e vazamento de sigilos pessoais, políticos e empresariais, revelando fortunas escondidas e desventuras conjugais de todos os escalões políticos, administrativos e negócios de todo mundo. No Brasil, a CPI, que seria sobre atos e fatos da pandemia do coronavírus, tem se constituído resumo das imperfeições nacionais, com bate-bocas, barracos e até exposição homofóbica, mostrando a cara da política e como são tratados os interesses públicos no país, cantado por Cazuza em "Brasil, Mostra tua cara, Quero ver quem paga, Pra gente ficar assim, Brasil, Qual é o teu negócio, O nome do teu sócio, Confia em mim". A continuada turbulência na política, com devastadoras repercussões na vida nacional, tem sido atribuída, em grande parte, à questionada qualidade da representação parlamentar. Na Câmara, por exemplo, dos 513 deputados, somente 27 dependeram dos próprios votos para se eleger, o que representa 5,26% do total. Entre os 81 senadores, 21 deles, ou quase 26% deles, respondem na Justiça sobre improbidade administrativa. Inevitáveis comparações traçam paralelos entre o alto nível dos deputados e senadores de outros tempos, quando o Brasil ganhou o charmoso rótulo de “país dos bacharéis”, e as épocas recentes dos espetáculos de pastelão de baixo nível. Ante o exposto, só nos resta perseverar na fé. Linomar Bahia é jornalista e escritor Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave linomar bahia Linomar Bahia COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Linomar Bahia . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM LINOMAR BAHIA Linomar Bahia Os “xis” das questões 26.04.24 11h56 Linomar Bahia Acerto de contas 26.04.24 11h48 Linomar Bahia Bode expiatório 26.04.24 11h25 Linomar Bahia Aonde vamos? 12.03.24 16h46