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JAMILLE SARATY

É advogada, mestre em Direito Civil pela Universidade de Coimbra, pós-graduada em proteção de menores pelo Centro de Família da Universidade de Coimbra, membro da diretoria do IBDFAM-PA, professora de graduação e pós-graduação em Direito. | jsaratyadv@gmail.com

Você sabe fazer amor?

Jamille Saraty

Hoje eu não vou falar de relacionamento falido. Vou dissertar sobre o que faz ele desabar. Não saber fazer amor é o principal motivo dos términos de casamento, falo sem pestanejar. Você sabe fazer amor para salvar seu casamento?

Antes de achar qualquer coisa, fica aqui e lê até o final, que eu vou te ensinar a fazer o amor que poderá evitar o fim do teu casamento.

Aos pervertidos de plantão, advirto que o texto é uma deliciosa analogia com ato prático, mas não, o sexo em si, não salva casamento nenhum, eu estou falando mesmo é de algo mais íntimo. Conexão. 

O amor dói, parece que isso já é uma conclusão global, como já cantava Renato Russo: “O Amor é ferida que dói e não se sente, é um contentamento, descontente, é dor que desatina sem doer (...)”.  Apesar da liquidez amorosa em que vivemos, sabemos que o amor duradouro acaba em um momento machucando. Uma palavra, uma falta, um ostracismo, negligência, podem fazer com que o casal maduro perca com o tempo a lembrança do porquê se apaixonaram por si, afastando-se um pouco a cada dia.

Como cantava Extreme, “dizer: eu te amo não são as palavras que eu queria ouvir você dizer, não é que eu não queira que você não diga, mas se você soubesse o quão fácil seria me mostrar como você se sente” (More then words – tradução livre) – e é essa falta de expressão que termina um casamento. Dizer e demonstrar amor verdadeiro fica dificílimo, sendo desconcertante receber um eu te amo ou qualquer tipo de gesto.

Há duas semanas, percebi em um vídeo da internet em que os filhos ligavam para os pais para dizer-lhes eu te amo, como foi doloroso para alguns e desconcertante para outros, como se aquilo ali jamais tivesse sido dito. É claro que pais e filhos se amam, em sua maioria, e já pelo menos por várias vezes demonstraram esse sentimento na relação, mas com o crescimento do filho, esses momentos ficam raros e difíceis de expressar. Assim ocorre com casamento, que, após enfrentar dificuldades, preferem esconder o sentimento, com medo de se apaixonar.

Nesse cenário, fazer amor é o ato que o casal pode praticar com intuito de se lembrar por que se uniram. É hora de se deixar vulnerável. Despindo-se totalmente do orgulho, arrancando cada parte do silêncio, sussurrando suas expectativas, gemendo suas dores, vociferando suas alegrias, abrindo-se devagar e deixando entrar, profundamente, o que o outro tem melhor para oferecer. Após, os olhos molhados se encontram percebendo que ambos têm necessidades para gozar em uma vida conjugal, e o segredo é a conexão de necessidades diferentes.

Pronto! Um casal que goza de uma vida a dois, dando e recebendo reciprocamente, torna-se um time completamente sem vergonha de amar! A química horizontal, produzida enquanto vulneravelmente se ama, é poderosíssima, capaz de construir um elo indestrutível na conjugalidade.

Expressar-se ainda é o segredo da vida e, também, da permanência do casamento. Se deixar ficar e receber a vulnerabilidade do cônjuge é um poderoso conector de almas, que permite que o casal se ame sem pudor.

Liberte-se e não tenha vergonha de amar!

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Jamille Saraty
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