Psicografia ou pseudônimo Raul Luiz Ferraz Filho 16.02.20 0h00 A Academia Paraense de Letras fará eleição para preencher cinco de suas cadeiras. Dentre os pleiteantes, inscreveu-se um médico, autor de obras psicografadas, que são aquelas escritas sob a intervenção de um espírito agindo sobre um médium. Surgiu uma questão, quem seria o autor das obras, o candidato à cadeira de imortal ou o espírito que supostamente escreveu a obra literária? Essa dúvida não é nova. Nos idos dos anos 1940, o eminente médium Chico Xavier envolveu-se em polêmica semelhante, quando psicografou poesias inéditas do poeta maranhense Humberto de Campos. Em vida, o poeta havia criticado o médium, mas passou supostamente a utiliza-lo post mortem, para remeter seus poemas aos vivos, rendendo 5 livros, dentre eles Crônica do Além Túmulo. Irresignados, os herdeiros do poeta ingressaram com ação judicial em que pediam a declaração de autenticidade das poesias. Se o médium negasse a autenticidade dos textos pagaria indenização por perdas e danos aos herdeiros e responderia criminalmente por falsidade. E se confirmasse a autenticidade das obras, seria condenado ao pagamento dos direitos autorais. A ação causou um frisson na mídia e ganhou manchetes nos jornais da época. O juiz considerou a ação inepta sob o argumento de que com a morte, o indivíduo deixa de possuir direitos civis, logo o poeta ou seus herdeiros não poderiam reaver o que nunca haviam tido, e que os direitos autorais herdáveis são aqueles referentes a obras produzidas antes da morte. E assim ainda é em nosso direito civil. Decorridos 75 anos, não é possível comprovar cientificamente, de modo inequívoco, que o espírito de um morto possa enviar mensagens do além. A psicografia está afeta ao campo da crença, e foge à seara científica, pelo menos por enquanto. Juridicamente, assemelha-se ao uso de pseudônimo, onde o autor da obra pode identificar-se com outro nome. O que interessa é se a obra foi, de fato, produzida pelo pleiteante à cadeira, não importando se ele se diz inspirado ou possuído por espírito de um morto, ou se usou um pseudônimo. O que não se permite, em hipótese alguma, pois ilícito, é o plagio, a cópia, ainda que parcial, de obra produzida por outra pessoa, viva ou morta, como se fosse sua. Raul Luiz Ferraz Filho Advogado, Escritor e Professor MINUTA Em decisão unânime, os Desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, declararam inconstitucional a condenação em honorários advocatícios a beneficiário da justiça gratuita. A votação ocorreu durante a realização da primeira sessão do pleno de 2020, foi dirigida pela Presidente da Corte, Pastora Teixeira Leal. Coordenada pelo juiz Prócion Barreto da Rocha Klautau Filho, a Justiça Itinerante Fluvial do TJPA vai percorrer, entre os dias 10 e 14 de fevereiro, as cidades de Bagre e Curralinho, na região da ilha do Marajó. O projeto leva a prestação jurisdicional a localidades de difícil acesso da região, a bordo de um navio da Caixa Econômica Federal. Desde o dia 5 de Fevereiro, o Termo Judiciário de Magalhães Barata, pertencente à comarca de Igarapé Açu, passou a operar com seus feitos criminais no Processo Judicial Eletrônico, sendo o modelo piloto na área criminal do Estado. No último dia 09, agentes de proteção do Comissariado da Vara Distrital da Infância e Juventude de Mosqueiro, acompanharam todo o percurso do bloco Piratas da Ilha, com o propósito de coibir ações ofensivas à integridade dos menores. Que seja assim por toda Belém. O TRT8 alcançou 100% das Metas Nacionais do Poder Judiciário no ano de 2019. Atualmente, o TRT8 conta com 5 Varas entre as 10 melhores do país, 17 entre as 50 e 25 entre as 100 mais eficientes. "Se o 8º Regional desponta nesse ranking é graças à dedicação dos magistrados e servidores de todo o regional com a causa trabalhista", aponta a corregedora Desemb. Graziela Leite Colares. Eleito por unanimidade, o procurador geral de justiça do Estado do Pará, Gilberto Valente Martins irá presidir o Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC). A eleição ocorreu em Brasília no último dia 12. Café Jurídico é a sala de bate papo da Escola Judicial Trabalhista, e a primeira rodada de palestras aconteceu dia 14, no auditório da EJUD e contou com o tema “Reflexão sobre a Reforma Trabalhista no Brasil” e teve como facilitadores os Desembargadores Vicente Malheiros da Fonseca, Suzy Koury e Luis Ribeiro e os Juízes Roberta Santos e Otávio Bruno Ferreira. O evento ocorrerá pelo menos uma vez ao mês. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas habeas data raul ferraz COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Habeas Data . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RAUL FERRAZ Habeas Data Ações pelo Natal sem fome 02.01.23 20h27 Raul Ferraz Fim de ano no judiciário 25.12.22 7h00 Habeas Data Recesso no judiciário 24.12.22 20h01 Raul Ferraz Ouvidoria agrária do TJPA inaugura anexo 13.11.22 7h00