As desigualdades e o direito à vida. Raul Ferraz 24.05.20 6h00 Nos últimos dias, o Pará bateu o recorde em casos positivos de COVID-19, chegando a mais de 20.532 mil identificados e contabilizou mais 1.893 óbitos em decorrência do vírus. Os números são alarmantes e chamam atenção aos problemas sociais e estruturais. Enquanto o vizinho, Amazonas, já soma mais 25.367 mil positivos e 1.620 óbitos, o Pará lidera o ranking na Região Norte. Em termos estatísticos, para os paraenses o vírus representa uma letalidade de aproximadamente 9,22%, enquanto o mesmo indicador é de 6,39% aos amazonenses. Sobre o tema, não há como negar que a equidade na saúde ganhou relevância nos últimos meses. Os indicadores representam mortes prematuras e outras até evitáveis. Constata-se, do ponto de vista jurídico que a premissa constitucional de igualdade e dignidade da pessoa humana, destoa muito da realidade experimentada por alguns Estados brasileiros. Além disso, quando se fala em justiça social, o direito à saúde recebe realce, uma vez que a vida longeva e sem sofrimentos é uma condição essencial para o indivíduo alcançar o respeito à dignidade da pessoa humana. A saúde é a viga mestra à realização dos planos de vida. Pode-se dizer, também, que a interrupção prematura e evitável da vida (assim como o sofrimento) constitui um claro impedimento na realização da igualdade tão sonhada por todos. No caso do Pará, muitas reflexões remanescerão da pandemia. Não se sabe quantas vidas serão necessárias para demonstrar o atraso social e o desrespeito aos direitos basilares do ser humano, nesta unidade federativa. Também, não é plausível culpar, exclusivamente, determinado gestor público, pois, o problema, agora evidenciado, é bem antigo. A desigualdade regional não é novidade para os paraenses. A diferença na distribuição dos recursos, diga-se, essenciais às políticas públicas, parece nunca ter passado por um filtro que revelasse a equidade. A má gestão mata sim, mas o dilema histórico-cultural é bem mais letal. Peterson Pedro Souza e Sousa Advogado, Mestrando em Direito MINUTA As Varas Criminais já deram início às audiências por videoconferência nas Comarcas da Capital e do Interior do Estado. Sob o Regime Diferenciado de Trabalho, o Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) mantém suas atividades de forma remota com o teletrabalho e plantões extraordinário e ordinário. Aplicada ao sistema processual penal, a ferramenta é utilizada para permitir aos apenados, em cumprimento de penas nos estabelecimentos prisionais, e réus presos provisoriamente, a participação em audiências em tempo real pelo magistrado, promotor e defensor, sem a necessidade de serem transportados aos fóruns. O Tribunal de Justiça do Pará lançou, nesta quarta-feira, 20, o Guia Prático de Audiências e Sessões de Julgamento por Videoconferência. A publicação auxilia magistrados, servidores, advogados, defensores públicos e promotores a lidar com os recursos tecnológicos que o Judiciário está utilizando diante da necessidade do isolamento social e da suspensão do atendimento presencial nos Tribunais de Justiça, por conta da prevenção do novo coronavírus, quando as atividades jurisdicionais passaram a ser prestadas sob a forma remota por meio de Regime Diferenciado de Trabalho. O governo do Estado deve proceder, em um prazo de cinco dias, a digitalização e cadastramento, em sua integralidade, “dos documentos que compõem os procedimentos licitatórios, findos e em andamento, especialmente de dispensa, bem como os chamamentos públicos, relacionados com o enfrentamento da pandemia do COVID-19, os disponibilizando no endereço eletrônico covid-19.pa.gov.br, e inda, se a verba utilizada é estadual, federal ou municipal”. A decisão é do juiz Magno Guedes Chagas, titular da 1ª Vara da Fazenda Pública de Belém, em resposta à Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público. O presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargador Leonardo de Noronha Tavares, participou da Grande Live da Região Norte, com o tema Pandemia: problemas, perspectivas e novos tempos, promovida Associação Federal dos Oficiais de Justiça (Afojebra) na sexta-feira, 15. O magistrado foi o convidado especial da live regional da categoria que contou com a presença de oficiais de Justiça de todo o Brasil. Assine O Liberal e confira mais conteúdos e colunistas. 🗞 Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas habeas data raul ferraz COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Habeas Data . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RAUL FERRAZ Habeas Data Ações pelo Natal sem fome 02.01.23 20h27 Raul Ferraz Fim de ano no judiciário 25.12.22 7h00 Habeas Data Recesso no judiciário 24.12.22 20h01 Raul Ferraz Ouvidoria agrária do TJPA inaugura anexo 13.11.22 7h00