Economia com E

Elisa Vaz

Jornalista, repórter e apresentadora. Aqui na coluna, a economia é tratada de forma descomplicada, com dicas práticas para o seu bolso e na linguagem do dia a dia. Afinal, economia é para todo mundo.

Mesmo com mudança no rotativo do cartão de crédito, é preciso ter cuidado ao usar modalidade

Elisa Vaz
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Em vigor desde a última quarta-feira (3), uma mudança nas regras do rotativo do cartão de crédito tem repercutido bastante. Trata-se de uma medida que definiu que a dívida de quem atrasa o pagamento da fatura do cartão não pode mais superar o dobro do montante original. O cálculo leva em consideração a cobrança de juros e de encargos financeiros, ficando de fora apenas o custo do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).

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Ou seja, se a sua conta deu R$ 1.000 neste mês e você não pagou, os juros não podem ser tão altos a ponto de o valor total passar de R$ 2.000. Considerando a regra vigente até esta mudança, em que as taxas chegavam a até mais de 430% por ano, isso poderia facilmente acontecer.

Mas, para quem está por fora do assunto, vamos pelo começo. O rotativo é, basicamente, a linha de crédito mais cara do mercado, e por isso só deve ser usada em casos emergenciais. Ela é ativada automaticamente quando o cliente deixa de pagar a fatura integral na data de vencimento.

Em outubro, na divulgação mais recente do Banco Central, a taxa média de juros cobrada pelos bancos de pessoas físicas ficou em 431,6% ao ano. Imagine pagar esses juros em um atraso…

Uso não pode ser desenfreado

Embora a situação dos consumidores possa melhorar com a mudança, não significa que o uso do cartão de crédito deve se tornar desenfreado a partir de agora. Até porque pagar o dobro da dívida ainda sai muito caro, e o acúmulo de juros pode ser um grande problema para as finanças, se tornando até uma bola de neve. Além disso, ter atrasos recorrentes também pode prejudicar sua “reputação” no mercado.

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Mas, claro, a medida não é retroativa, então só vale para valores que entraram no rotativo da última quarta-feira (3) para frente. Se o cliente já estava inadimplente na modalidade antes disso, os valores cobrados poderão continuar subindo para além do novo teto estabelecido.

Como evitar endividamento no cartão de crédito:

  • Pague o valor total: Evite o rotativo, pagando a fatura integral. Assim, você evita os altos juros associados a essa modalidade.
  • Controle de gastos: Estabeleça um orçamento mensal e mantenha-se dentro dele. Evite gastos impulsivos que podem levar a dívidas no cartão.
  • Conheça as taxas: Esteja ciente das taxas de juros do seu cartão. Compreender os custos ajuda a evitar surpresas desagradáveis.
  • Uso emergencial: Reserve o cartão para situações de emergência. Evite usá-lo para despesas cotidianas que podem se acumular.
  • Data de vencimento: Programe-se para pagar a fatura antes da data de vencimento, evitando encargos adicionais.
  • Negociação de juros: Em caso de dificuldades financeiras, negocie com a operadora para reduzir os juros ou estabelecer um plano de pagamento.
  • Evite pagar o mínimo: Evite o pagamento mínimo da fatura. Quanto mais você pagar, menor será o acúmulo de juros.
  • Emergência financeira: Mantenha uma reserva financeira para cobrir despesas imprevistas, reduzindo a dependência do cartão.
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