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Por Marco Antônio Moreira

Coluna assinada pelo presidente da Associação dos Críticos de Cinema do Pará (ACCPA), membro-fundador da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (ABRACCINE) e membro da Academia Paraense de Ciências (APC). Doutor em Artes pelo PPGARTES/UFPA; Mestre em Artes pela UFPA. Professor de Cinema em várias instituições de ensino, coordenador-geral do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC), crítico de cinema e pesquisador.

'Tarkovski 92 anos'

Marco Antonio Moreira

Andrei Tarkovski é um dos maiores cineastas da história do cinema. Sua obra dignifica o cinema como arte, e seus pensamentos como artista são fundamentais para entender as infinitas possibilidades artísticas do cinema como meio de compreensão do ser humano. Os filmes de Tarkovski são profundamente intensos e cinematograficamente criados para convidar o espectador a uma imersão artística inesquecível e marcante.

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Tarkovski faleceu no final de 1986 e deixou um legado precioso de emoção e reflexão sobre o cinema. (Divulgação)

O primeiro filme de Tarkovski que assisti foi “Solaris” (1972). Fiquei impressionado com a história e a maneira como ele retrata os dramas existenciais dos personagens. Depois, tive a oportunidade de me impressionar com outros filmes de sua autoria, como “Andrei Rublev” (1966), “A Infância de Ivan” (1962), “O Espelho” (1974), “Nostalgia” (1982), “O Sacrifício” (1986) e “Stalker” (1979). O talento de Tarkovski pode ser apreciado em seus filmes e também na literatura, como no belo livro “Esculpindo o Tempo” e em “Diários 1970-1986” (livro de memórias publicado em 2012 no Brasil).

Tarkovski faleceu no final de 1986 e deixou um legado precioso de emoção e reflexão sobre o cinema. Em 2024, no dia 4 de abril, Tarkovski completaria 92 anos. Em sua homenagem, por meio do Centro de Estudos Cinematográficos (CEC), promoverei uma “Roda de Cinema” em um bate-papo com o amigo e professor Ricardo Evandro Martins, no dia 29 de maio, às 18h30, na Casa das Artes. Participe e vamos celebrar juntos a vida e a obra desse gênio da sétima arte.

 “Guerra Civil”

 "Guerra Civil" é um filme que se destaca por seu impacto visual intenso em muitas de suas cenas, proporcionando uma interessante experiência cinematográfica. Além disso, é uma obra que se torna fundamental para discussões sobre as consequências da polarização política e da intolerância, fenômenos que são constantemente estimulados em diversos meios de comunicação. No entanto, apesar da entusiasmo do diretor Alex Garland em abordar um tema tão polêmico, o filme não explora plenamente o potencial temático de sua história, especialmente no que diz respeito à importância do jornalismo em contextos de conflito e violência em um país. Falta profundidade na construção dos personagens principais, o que torna difícil interpretar suas motivações e questionamentos diante dos eventos que testemunham. Apesar dessas observações, "Guerra Civil" ainda se destaca como uma produção que merece ser assistida e debatida. O filme conta com um elenco de qualidade, incluindo nomes como Wagner Moura, Kirsten Dunst, Cailee Spaeny e Stephen Henderson, com a participação do talentoso ator Jesse Lon Plemons.

Ações culturais

No dia 08/05, no Cineclube Silveira Athias, tive a honra de debater o filme "O Sol é para Todos" de Robert Mulligan com a querida professora Zélia Amador. Foi uma noite de aprendizados e afetividade pelo cinema. Agradeço a ótima participação do amigo Paulo Victor Squires. O Cineclube Silveira Athias tem objetivo de debater filmes com temáticas e interpretações jurídicas com entrada gratuita. Em breve, nova programação.

No dia 09/05, participei de uma apresentação sobre o documentário "Aimé Césaire" de Euzhan Palcy no encerramento da III Jornada de Gratidão aos Povos Negros, no Cine Libero Luxardo. Agradeço o convite dos organizadores desse evento cultural.

No dia 15 de maio, tive a satisfação de participar da sessão de debate do documentário “Servidão”, que contou com a presença do diretor Renato Barbieri. O filme aborda o trabalho escravo contemporâneo, com foco na Amazônia brasileira. O debate teve ótimas participações dos espectadores e, especialmente, de Barbieri, que compartilhou excelentes reflexões sobre temas sociais e econômicos.

Filme B

No dia 27 de maio, a partir das 18h30, realizarei o Minicurso de Cinema “Filme B” na Casa das Artes. O termo "Filme B" originalmente se referia aos filmes de Hollywood exibidos na "segunda metade" de uma sessão dupla, que geralmente apresentava dois filmes de diversos gêneros. "Filme B" também se refere a filmes de baixo orçamento produzidos por estúdios e produtoras independentes. Esses filmes desempenharam um papel importante na história do cinema, revelando diversos artistas.

Dicas da Semana

“Vermelho Monet” de Halder Gomes, “Diálogos com Ruth de Souza” de Juliana Almeida sobre a excelente atriz Ruth de Souza e “A Hora da Estrela” de Suzana Amaral em cópia restaurada em 4K (Cine Líbero Luxardo).

“O Monstro do Circo” de Tod Browning. Clássico do cinema silencioso. Acompanhamento musical ao vivo de Paulo José Campos de Melo (Cineclube SINDMEPA. Dia 28 de maio, às 19h, com entrada gratuita).

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