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CARLOS FERREIRA

Jornalista, radialista e sociólogo. Começou a carreira em Castanhal (PA), em 1981, e fluiu para Belém no rádio, impresso e televisão, sempre na área esportiva. É autor do livro "Pisando na Bola", obra de irreverências casuais do jornalismo. Ganhador do prêmio Bola de Ouro (2004) pelo destaque no jornalismo esportivo brasileiro. | ferreiraliberal@yahoo.com.br

Vergonha do Pará: nas três séries, 5 vitórias em 31 jogos

Carlos Ferreira

São ridículos os números do Pará no Campeonato Brasileiro com os seus quatro times. Em 31 jogos, 15 derrotas, 11 empates e apenas 5 vitórias. Na mísera soma, fizeram 25 e tomaram 45 gols: Paysandu (6 x 8), Remo (6 x 12), Cametá (6 x 7) e Águia (7 x 15).  

O Águia, que não vence há 12 jogos, há quase três meses, desde as quartas do Parazão, é “lanterna” do seu grupo na Série D com quatro empates e cinco derrotas, 19% de aproveitamento. O segundo pior é o Remo (13º da Série C) com 2 vitórias, 1 empate e cinco derrotas, 29,1%. Terceiro, o Paysandu (16º da Série B) com 1 vitória, 5 empates e 3 derrotas, 29,6%. O Cametá (penúltimo do grupo B na Série D) tem os “melhores” números dos paraenses com 2 vitórias, 1 empate e 4 derrotas, 33,3%.  

O mais barato é o menos vexatório

Não há informações precisas do volume dos investimentos dos nossos clubes no futebol. Mas o Cametá está num padrão modesto, abaixo de R$ 100 mil/mês. Faz uma campanha que decepciona a torcida, mas alimenta alguma esperança de reação. O Águia custa o triplo do seu “irmão” de Série D e só tem produzido frustrações.

O Remo é um dos times mais caros, se não for o mais caro da Série C, mas com campanha pífia. Como vive uma nova transição de comando técnico e tem apresentado melhoras, ainda pode reagir. Restam 10 rodadas nesta fase. O Paysandu tem 30 jogos pela frente na Série B. É muita estrada para corrigir a rota, que, por enquanto, está se desenhando dramática.

BAIXINHAS

* Após a vitória sobre o América/MG, Hélio dos Anjos alardeou que os adversários iriam sofrer pela imposição do Papão. Então, o time dele não foi a Recife, como, em outras palavras, ele próprio reconheceu.

* Por que o time bicolor baixou tanto a rotação? A oscilação é o preço pago por um time mais físico do que tático. Óbvio que o Paysandu não jogará sempre "ligado no doze", num campeonato tão longo e de tantas viagens.

* Além do zagueiro Ligger, suspenso por cartão vermelho, também está fora do jogo contra o Ypiranga o atacante Pedro Vitor, pelo terceiro cartão amarelo. É possível que Matheus Anjos entre no time e Jaderson seja recuado. Assim, Paulinho Curuá sairia.

* Série C ainda não chegou à metade da primeira fase. A competição reserva curva de performance com crescimento de alguns do bloco de baixo e queda de alguns do bloco de cima. Aguardem! Na Série B, restam 29 rodadas. Estrada longa! Fechamento em 26 de novembro.

* Águia está pagando o preço dos paparicos. Com o título estadual e a conquista da Copa Grão-Pará, vaidades fizeram o time se perder. Matheus Sodré recolocou o time nos eixos. Ao eliminar o Coritiba da Copa do Brasil, o time voltou aos paparicos e novamente se perdeu.

* Imaginem uma cidade empolgada com seus heróis. Os "caras" são humanos. Natural que se deixem levar pelo ego. Isso é "veneno" no futebol, principalmente quando o clube não tem uma cultura profissional.

* Paysandu, Remo, Tuna, Independente, Cametá, São Raimundo, Paragominas... Todos os times paraenses já se tornaram vulneráveis em tempos de sucesso. É sempre assim! Hoje, 20 horas, o Águia joga para quebrar um jejum de 12 jogos, recebendo o Tocantinópolis em Marabá. Amanhã, 19 horas, Fluminense/PI x Cametá.

* Muito merecida a homenagem à memória do médico Roberto Macedo. Novo Pronto Socorro de Belém tem o nome dele, que foi também um entusiasta do futebol, descobridor de grandes talentos e padrinho de atletas vitoriosos, além de dirigente do Remo.

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Carlos Ferreira
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