Série C mostra bem o valor do sofrimento Carlos Ferreira 30.11.20 20h19 A dor constrói mais que o amor. Sim, esse dito popular se aplica bem ao futebol. No sofrimento, constroem-se a união, a humildade, solidariedade, a cumplicidade e o espírito de superação tão necessários a um time vencedor. Na contramão, quem surfa no sucesso antes do objetivo principal está fadado à soberba. Só foge disso com rigoroso autocontrole, que não foi o caso do Brusque, do Vila Nova e, talvez, do Santa Cruz. O Paysandu é o melhor exemplo de crescimento no sofrimento. Atraso de salários, troca mal feita no comando técnico, perda de Vinícius Leite... O Papão superou tudo, cresceu e se classificou com autoridade. O Remo passou por oscilações, mas também teve autoridade na classificação antecipada. Dupla Re-Pa em que cotação? Leão e Papão são dois times em construção, como todos os outros. Os que já pareceram prontos, decaíram. Ninguém é favorito entre os classificados e classificandos, mas quem chegou pelas vias do sofrimento tende a ser mais competitivo. Enfim, o que vai separar o joio do trigo é o suor! No mesmo grupo ou em grupos diferentes, Remo e Paysandu terão iguais possibilidades de acesso. Mas não custa nada esperar pelo Re-Pa para melhor avaliação, visto que o clássico paraense sempre pode ter consequências impactantes, dependendo do que rolar nos 90 minutos, mesmo com os dois previamente classificados. BAIXINHAS * Dos times classificados ou em vias de classificação, o Brusque/SC e o Ypiranga/RS são os únicos que jamais estiveram na Série B. Quatro já foram campeões da Série C: Vila Nova (1996 e 2015), Ituano (2003), Remo (2005) e Santa Cruz (2013). O Paysandu foi vice em 2014, mas tem dois títulos da Serie B. * Re-Pa vai ter o Remo com a melhor defesa do campeonato (10 gols tomados em 17 jogos) e o Paysandu (25 gols marcados) com a quarta maior artilharia, superado somente por Santa Cruz e Vola Redonda (29) e Ypiranga (28). * Pelas posições atuais, um quadrangular ficaria com Paysandu, Santa Cruz, Ypiranga e Ituano, e o outro com Remo, Brusque, Vila Nova e Londrina. A última rodada, no próximo fim de semana, vai definir classificações no grupo B e apenas as posições no grupo A. * Único caso de suspensão por cartões amarelos para o Re-Pa é do azulino Fredson, que recebeu o terceiro mesmo no banco, em Manaus. Dos pendurados (azulinos Mimica, Lucas, Marlon, Wállace e Gelson, e dos bicolores Nicolas, PH, Tony, Uilliam Barros, Juninho, Serginho, Wesley Matos e Alex Maranhão) quem receber o terceiro no Re-Pa, cumpre na abertura da segunda fase. Quem não receber, vai zerado para o quadrangular. * Se não estivéssemos em plena pandemia, o Mangueirão seria pequeno para o Re-Pa de sábado. Como a conjuntura voltou a ser de muito perigo à saúde pública, é importante que o poder público oriente e fiscalize para que o Re-Pa não provoque aglomerações nas ruas, como na saída das delegações para o estádio, fato grave no clássico anterior. Ou na chegada dos azulinos, domingo, no aeroporto, voltando com a classificação. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave carlos ferreira carlosferreira esportes colunas COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Carlos Ferreira . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM CARLOS FERREIRA Carlos Ferreira Papão, 80 dias em impedimento 24.04.24 6h00 Carlos Ferreira Leão em agruras e desafios 23.04.24 6h00 Carlos Ferreira Ônus e bônus da rivalidade para clubes de futebol 21.04.24 6h00 Carlos Ferreira Remo e Paysandu no Brasileirão: relembre acessos e rebaixamentos da dupla paraense 19.04.24 6h00